Segundo comunicado da procuradoria-geral, Mohammed Badie e outros nove são suspeitos de incitar violência.
Foto: www.portugues.rfi.fr O procurador-geral do Egito ordenou a prisão do líder espiritual da Irmandade Muçulmana e outros nove por supostamente instigar episódios de violência, que deixaram 50 partidários da Irmandade mortos durante confrontos com militares nessa semana.
O gabinete do procurador-geral afirmou em comunicado divulgado nesta quarta-feira (10) que emitiu mandados de prisão contra o guia geral da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, bem como de seu vice e braço direito, Mahmoud Ezzat. Também foram emitidos mandados contra oito outros líderes.
O gabinete do procurador afirma que líderes islamitas são suspeitos de incitar a violência do lado de fora do prédio da Guarda Republicana no Cairo na segunda-feira, quando ao menos 54 foram mortos .
Badie é uma figura reverenciada entre os seguidores da Irmandade, que devem jurar um voto de obediência a ele - a "ouvir e obedecer".
O Egito vem sendo palco de violência desde o dia 3 de julho, quando o então presidente islamita Mohammed Morsi, apoiado pela Irmandade Muçulmana, foi deposto pelo Exército . Em seguida, Morsi, o primeiro presidente eleito livremente no país, foi substítuido por Adly Mansour , líder interino . A deposição do presidente islamita se deu após quatro dias de intensas manifestações contra seu governo e confrontos violentos entre opositores e partidários.
Na terça-feira, Mansour apresentou um cronograma para as novas eleições no país, mas ele foi prontamente rejeitado pela Irmandade Muçulmana . O movimento de protesto Tamarod , que liderou as manifestações que culminaram na deposição de Morsi, disse que não foi consultado sobre o plano.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
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