Categoria Policia  Noticia Atualizada em 12-07-2013

Mais de 50 pessoas foram detidas nas manifestações no Rio
Houve confrontos no Centro e em Laranjeiras, em frente à sede do governo. Jovens mascarados com coquetéis molotov provocaram as confusões
Mais de 50 pessoas foram detidas nas manifestações no Rio
Foto: midiacon.com.br

Grupos infiltrados na passeata que seguiu pela Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, na quinta-feira (11) causaram confusão e foram repreendidos pelos manifestantes. O protesto terminou em confronto com a polícia no Centro e nas imediações do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, em Laranjeiras, na Zona Sul. De acordo com a polícia, 56 pessoas foram detidas, como informa o Bom Dia Rio nesta sexta-feira (12).

Local de maior confronto, a Avenida Chile, no Centro, ainda tem rastros de destruição, como uma cabine da PM depredada. Vidros foram quebrados, cadeira e bebedouro foram roubados. Dois carros foram incendiados. Segundo a polícia, 26 pessoas foram detidas no Centro e 30 nas imediações do Palácio Guanabara.

Quatro pessoas foram autuadas por formação de quadrilha, uma advogada foi indiciada por desacato e três menores foram apreendidos. Três pessoas ficaram feridas nos confrontos, incluindo um policial militar.

Centro
O movimento no Centro do Rio é normal na manhã desta sexta-feira (12).
A manifestação, no Centro, seguiu em paz até que um homem foi detido por quebrar uma vidraça da Igreja da Candelária. Um grupo reagiu e a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo. A passeata continuou pela Avenida Rio Branco. Segundo a PM, a manifestação reuniu cinco mil pessoas. O objetivo era chegar a Cinelândia, mas um tumulto interrompeu a caminhada um quarteirão antes.

Cerca de 40 jovens mascarados, que tinham se misturado à multidão, foram expulsos por quem participava do protesto. Manifestantes encontraram com o grupo duas caixas cheias de coquetéis molotov e destruíram algumas garrafas. Houve briga porque algumas pessoas tentaram entregar um dos baderneiros à polícia. E começou a correria.

Uma agência bancária foi invadida. Na Rua Almirante Barroso, várias lixeiras e objetos foram queimados e deram trabalho aos bombeiros. Pontos de ônibus foram quebrados. Um policial prendeu um rapaz que tentava fugir e que depois de rendido levou um choque com uma arma não-letal.

Bombas e jatos d água
A tropa de choque da PM dispersou o grupo com bombas de efeito moral e jatos d água. Na Avenida Chile, uma cabine da PM foi destruída. Em vários momentos, arruaceiros recolhiam pedras portuguesas da calçada.

E quando chegaram perto do Aterro do Flamengo, bloquearam o trânsito na Avenida Rio Branco e fizeram motoristas darem marcha a ré. Eles jogaram coquetéis molotov contra a polícia, que respondeu com bombas e balas de borracha. Depois, fecharam as quatro pistas do Aterro do Flamengo, bateram no capô dos carros e tentaram colocar fogo no chão.

As pessoas detidas durante os confrontos com a polícia foram levadas para a 5ª DP (Mem de Sá), no Centro. A maioria suspeita de carregar objetos como soco inglês, facas, pedras e coquetéis molotov. Quem estava nesse grupo prestou depoimento e foi liberado. Cinco pessoas foram indiciadas por formação de quadrilha, entre elas, estão dois menores, como informou o delegado Rômulo Alves.

"Eles dão aquela aparência de estabilidade e vão praticando diversos crimes como, lesão corporal, depredação do patrimônio público e desacato aos policiais, segundo relatos deles mesmos", disse o delegado.

Casa de Saúde atingida
Por volta das 22h, alguns manifestantes se refugiaram na Casa de Saúde Pinheiro Machado. Os policiais atiraram e quebraram o vidro do estabelecimento. Médicos da unidade ficaram assustados e havia pacientes sendo atendidos no local. Funcionários limparam os cacos da vidraça que ficaram estilhaçados no chão.

Por volta das 23h20, os manifestantes deixaram as adjacências do Palácio Guanabara e seguiram em direção ao metrô de Botafogo, com tranquilidade.

Cabral: "Vandalismo não será tolerado"
Em nota, o governador Sérgio Cabral disse que o vandalismo não será tolerado no Rio de Janeiro.

"Grupos que vão para as ruas com o objetivo claro de gerar o pânico e destruir o patrimônio público e privado tentam se aproveitar das recentes manifestações legítimas de milhares de jovens desejosos de participar e aperfeiçoar a democracia conquistada com muita luta pelo povo brasileiro", afirmou.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir