Categoria Policia  Noticia Atualizada em 15-07-2013

Penitenciária transfere detentos após quase 22 horas de motim em Itirapina
Sindicato do Sistema Prisional informou que 75 presos deixaram o local. Secretaria da Administração Penitenciária ainda não informou destino.
Penitenciária transfere detentos após quase 22 horas de motim em Itirapina
Foto: g1.globo.com

O secretário geral do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, João Alfredo de Oliveira, informou que 75 presos foram transferidos da Penitenciária de Itirapina (SP), na manhã desta segunda-feira (15), após o fim da rebelião no local que durou quase 22 horas. A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP) ainda não confirmou para onde eles foram levados. O presídio, que tem capacidade para 210 presos no regime fechado, abrigava 602 até então.

O motim teve início às 11h de domingo (14) e manteve 68 reféns. Todos foram soltos. A Tropa de Choque foi chamada e chegou ao local por volta das 6h30 desta segunda-feira, mas não precisou invadir a penitenciária, já que houve negociação. Durante a rebelião, dois presos foram mortos pelos próprios detentos, segundo informações da SAP.

Durante a manhã, a diretoria da penitenciária convidou cinco familiares de detentos para entrar e conhecer as condições no local. Após a transferência, muitos familiares ainda permaneciam em frente ao presídio em busca de informações.
Operação
Pelo menos três ônibus e 10 viaturas da Tropa de Choque deixaram a capital durante a madrugada para conter a rebelião. Agora pela manhã, eles entraram na penitenciária após a negociação e os detentos passam por revista. Ainda segundo a SAP, a rebelião terminou sem nenhum refém ferido e também não houve danos ao patrimônio.
No domingo, muitas viaturas da PM vieram de várias cidades para reforçar a situação. O helicóptero Águia também foi acionado.

Tensão
Parentes passaram a noite do lado de fora do presídio. O clima foi de muita tensão. "Ninguém fala nada pra gente, é tudo família trabalhadora aqui fora querendo uma informação. A gente só quer saber o que está acontecendo lá dentro", falou a balconista Cintia Abe.
A mãe de um presidiário, que não quis ser identificada, disse que o incidente teve início quando uma visitante foi impedida de entrar por problemas na documentação.
O marido dela teria ameaçado matar alguém como forma de protesto contra a penitenciária e, então, os detentos não deixaram mais ninguém sair do local.
A mulher, que foi liberada com a condição de avisar a imprensa, afirma que viu um preso carregando a cabeça de outro que teria sido decapitado no local. Segundo ela, o problema com a entrada da visitante foi apenas o estopim para que os detentos fizessem outras reivindicações como a presença de médicos, atendimento judiciário e a ampliação do horário de visita até as 16h. Atualmente, ele é encerrado às 15h. A Polícia Militar disse ainda que os detentos querem celulares.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir