Categoria Policia  Noticia Atualizada em 16-07-2013

Advogado pede nova perícia e diz que havia querosene no teto da Kiss
Terceira rodada de depoimentos sobre tragédia é realizada nesta terça. Incêndio na casa noturna de Santa Maria matou 242 pessoas.
Advogado pede nova perícia e diz que havia querosene no teto da Kiss
Foto: g1.globo.com

A terceira fase de audiências do processo criminal do incêndio na boate Kiss começou nesta terça-feira (16) com três pedidos do advogado de um dos réus. Omar Obregon, que representa Marcelo Jesus dos Santos, vocalista da banda que tocava na casa noturna no momento da tragédia, pediu que uma nova perícia seja realizada no local. Ele alega que peritos encontraram vestígios de querosene no teto da Kiss. A tragédia matou 242 pessoas.

Além da nova perícia, ele pediu que a polícia fosse ouvido para esclarecer o fato. O advogado também quer chamar uma nova testemunha sobre uma suposta reunião entre um dos sócios da boate, o prefeito Cezar Schirmer e um deputado estadual na madrugada da tragédia.

Depois dos requerimentos, começaram os depoimentos. A primeira pessoa a ser ouvida foi Sandro Peixoto Cidade, responsável pelo som da casa noturna. Ele disse que trabalhava na boate há dois anos e passava o som com todas as bandas que lá se apresentavam. Quando questionado sobre o sócio da boate, Elisandro Spohr, o Kiko, Cidade disse que o chefe não era ganancioso. "Sempre que as bandas se atrasavam e o show ia até mais tarde, os funcionários recebiam hora extra. Havia parceria", contou.

O técnico afirmou que na reforma foi feito um isolamento acústico, e não um tratamento acústico, como seria o ideal. Entretanto, ele disse que não tinha poder de decisão. "O Kiko sempre acertava as questões de som, isso me incomodava", declarou.

Outras cinco pessoas ainda falarão à Justiça de Santa Maria nesta terça. Elas farão o relato do que viram e das situações pelas quais passaram ao juiz Ulysses Louzada e responderão aos questionamentos de promotores, advogados de defesa e acusação.

Nesta segunda-feira (15), o Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul responsabilizou quatro bombeiros e isentou servidores da Prefeitura de Santa Maria no inquérito civil que apurava supostas irregularidades na concessão de alvarás para a boate Kiss. O prefeito Cezar Schirmer também foi excluído.

No inquérito civil, foram citados Altair de Freitas Cunha e Moisés da Silva Fuchs, ex-comandantes do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros (CRB), e Daniel da Silva Adriano e Alex da Rocha Camilo, ex-chefes da seção de prevenção de incêndios do 4º CRB. Uma ação civil pública por improbidade administrativa será ajuizada contra os quatro nomes.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir