Categoria Cinema  Noticia Atualizada em 19-07-2013

Apesar de omissões, lista de indicados ao Emmy é a mais justa dos últimos anos
Michelle Farley protagonizou nada menos que a cena de maior impacto produzida pela teledramaturgia americana em 2013: O “casamento vermelho”, que encerrou o penúltimo episódio da terceira temporada de “Game of Thrones” (HBO).
Apesar de omissões, lista de indicados ao Emmy é a mais justa dos últimos anos
Foto: jornalpequeno.com.br

A atriz britânica chegou a ser apontada como a favorita ao Emmy de melhor atriz coadjuvante em série dramática. No entanto, seu nome não consta entre as seis indicadas ao prêmio, na lista divulgada ontem.

Michelle foi ultrapassada por sua colega de elenco Emila Clarke, intérprete da intrépida Daenerys Targaryen –que talvez merecesse mais uma indicação como atriz principal.

Injustiças como esta são inevitáveis em qualquer premiação da indústria do entretenimento. O Emmy até aumentou o número de indicados nas categorias principais (de cinco para seis ou sete), buscando ser o mais justo possível.

Mas a tarefa é ingrata, e por uma ótima razão: A TV americana está cada vez melhor. Desde meados dos anos 90, quando se consolidaram as produções dos canais a cabo, a qualidade subiu estratosfericamente.

Hoje é senso comum dizer que a TV conta histórias muito mais densas do que o cinema. Tanto que atores consagrados, que viram os bons papéis minguarem na telona, migraram de mala e cuia para a telinha (termo que precisa ser revisto, pois ela está cada vez maior).

2013 entrará para a história do Emmy como o ano em que um jogador de peso entrou na arena: O Netflix, serviço online que oferece centenas de séries e filmes a seus assinantes. Buscando expandir-se pelo mundo inteiro, o Netflix está investindo pesado em seus próprios programas.

E está mudando a maneira como o espectador se relaciona com a TV. Os seriados do Netflix têm suas temporadas completas disponibilizadas de uma só vez, ao invés do habitual "um-capítulo-por-semana". O assinante pode assisti-los quando quiser, na ordem que quiser.
Dois dos seriados exclusivos do Netflix fizeram bonito nas indicações ao Emmy. O ressuscitado "Arrested Development", exibido pela Fox na década passada, emplacou seu protagonista Jason Bateman entre os atores cômicos (mas não conseguiu ser indicado ao prêmio de melhor comédia).

Melhor performance teve o badalado "House of Cards", drama político estrelado por Kevin Spacey: Nada menos que 10 indicações. Um sucesso até esperado, já que o programa recebeu críticas excelentes.

Mas quem são os favoritos para os troféus principais? Difícil dizer, já que o páreo está apertadíssimo em quase todas as categorias. O Emmy costuma premiar os mesmos nomes por anos a fio, mas há tantas caras novas na disputa que algumas surpresas devem estar a caminho.

Eu mesmo não consigo escolher. A espetacular "Game of Thrones" como melhor drama, ou a última temporada da inovadora "Breaking Bad"? "Modern Family" como melhor comédia (pela quarta vez consecutiva!), ou alternativas ligeiramente esquisitas como "Louie" ou "Girls"?
Não é só nas indicações que serão cometidas injustiças. E isto até que é bom, porque é sinal de vitalidade da indústria.

Fonte: www.boainformacao.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir