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Porchat diz que interpreta seu oposto em "O concurso": "Ele é gay, eu não"

Comédia com Sabrina Sato estreia nesta sexta-feira; veja vídeos. Atores falam de personagens, que querem vaga de juiz federal.
Porchat diz que interpreta seu oposto em

Foto: g1.globo.com

"O concurso", filme que chega aos cinemas nesta sexta-feira (19), é a estreia de Pedro Vasconcelos na direção de cinema e de Sabrina Sato como atriz. A comédia conta a história de quatro candidatos à vaga de juiz federal que se preparam para sabatina de desembargadores. (Nos vídeos ao lado, veja depoimentos do elenco sobre experiências com concursos públicos)

Cada um deles tem origem em um ponto diferente do Brasil: Milagres, no Ceará; Piraporinha, em São Paulo; Pelotas, no Rio Grande do Sul, e Rio de Janeiro. Ao tentar conseguir o gabarito do exame, se metem em confusões na capital fluminense.

Érico Brás vive um travesti e já se aventurou em um concurso público. Se a paixão por atuar não falasse mais alto, poderia vestir a farda da PM baiana: "Com 18 ou 19 anos eu cheguei a prestar um concurso público. Eu estava entrando no Grupo de Teatro Olodum e fiz uma prova para oficial da Polícia Militar da Bahia. Só que era um momento no qual eu estava me profissionalizando e eu acabei nem pegando o resultado".

Para incorporar o papel, Érico fez uma pesquisa de campo pela Lapa, no Rio, para ver como eles se comportavam. Ele conta que usar roupas femininas é mais difícil do que imaginava: "Eu andava em casa de salto, de peruca, e olhava e fazia um jogo, um conjunto para não ficar descompassado. Tudo isso, no início, era difícil. Mas, com o passar do tempo, fui treinando e ensaiando e o Pedro me instruindo e eu fui fazendo com mais calma."

Assim como o personagem Bernardinho, Rodrigo Pandolfo também saiu de sua cidade natal, no Mato Grosso, em busca de um sonho profissional. Em vez dos tribunais dos juízes federais, ele desejava os palcos. Ele ainda se considera um menino do interior, assim como o personagem. "Eu era falsamente corajoso. Mas tinha medo, principalmente de não conseguir conquistar o que queria. Mais do que o temor da cidade grande. Eu encarava estar aqui, sozinho, lutando pelos meus ideais, mas eu tinha muito receio de não dar certo."

Já Fábio Porchat diz que Rogério Carlos foi pensado para ser exatamente o oposto a ele: "O Rogério Carlos é todo contido, ele segura a mão, enquanto ‘falo’ com as mãos o tempo todo.

O Rogério Carlos não gosta das pessoas, não acha muita graça em se relacionar. E eu falo com todo mundo, abraço, dou risada. E o Rogério Carlos é mais na dele. E, no fundo, o Rogério Carlos é gay e eu não sou. Ele é bem o oposto do que eu sou."

Experiência em atuar ajudou diretor

Os outros atores do elenco também destacam a importância de Pedro Vasconcelos na composição de seus personagens. Anderson Di Rizzi, que interpreta Freitas, afirma que o apoio do diretor foi importante para que usasse a prótese nos dentes que marca a imagem de um dos candidatos ao concurso citado no título do filme: "O Pedro é muito aberto às possibilidades. Ele gosta que a gente crie e traga coisas."

O resto do elenco também ressalta a atenção dada por Pedro Vasconcelos, que também tem formação de ator, na construção dos personagens. "O Pedro queria o tempo todo ouvir a gente, saber o que achávamos daquilo. Foi uma ótima relação com o diretor, com a produção e com os atores. E isso é muito bom: ter um ambiente legal de trabalho com uma galera que você gosta ajuda bastante", afirma Fábio Porchat, que interpreta Rogério Carlos.

Rodrigo Pandolfo, que interpreta o paulista Bernardinho, crê que a atenção foi crucial para o resultado final do filme. "O Pedrinho Vasconcelos é um cara que eu não conhecia e eu fiquei encantado com ele, com a generosidade, com a tranquilidade e com o amor que ele estava tendo pela obra e com o carinho que ele teve com os atores."

O diretor, que estreia na direção de cinema, acredita que foi um dos trabalhos mais importantes de sua carreira: "Foi muito prazeroso. Foi umas das coisas que eu mais tive prazer em fazer em toda a minha vida, e olha que eu já fiz bastante coisa, apesar da pouca idade. Eu já fiz muito teatro, fiz muita televisão, fiz trabalhos inesquecíveis em ambos mas, este trabalho em especial, foi muito gostoso de fazer." O filme "O Concurso" estreia nos cinemas nesta sexta-feira (19).

Fonte: g1.globo.com

Por: Maratimba.com | Imprimir