Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-07-2013

Após protesto, Av. Paulista amanhece com estabelecimentos depredados
Ao menos, 10 agências bancárias foram destruídas nesta sexta-feira (26). PM informou ao SPTV que vândalos se misturaram aos manifestantes.
Após protesto, Av. Paulista amanhece com estabelecimentos depredados
Foto: radioitaperunafm.com

Depois da manifestação na noite desta sexta-feira (26), a Avenida Paulista amanheceu com estabelecimentos depredados e pichações nas vias da região. As agências bancárias que foram alvo de vandalismo estavam interditadas com lonas, cones e tapumes na manhã deste sábado (27), como mostrou a reportagem do SPTV.

O protesto, contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e também em apoio aos atos no Rio de Janeiro contra o governador Sérgio Cabral, começou pacífico, mas no meio do caminho, um grupo começou a depredação. Os suspeitos percorreram cerca de dois quilômetros e destruíram, além das agências bancárias, uma concessionária de automóveis, bases da Polícia Militar, duas estações do Metrô e um carro de reportagem da Rede Record.

Questionado se a polícia demorou para reagir, o porta-voz da Polícia Militar, major Marcel Lacerda Soffner, disse na noite desta sexta-feira (26) que a corporação acompanhava a manifestação para não colocar em risco as pessoas que agiam pacificamente. O SPTV deste sábado (27) informou ainda que, segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ação da PM foi adequada e progressiva.

Em entrevista ao SPTV, o coronel da PM, Reynaldo Simões Rossi, disse que o problema nesse caso é que esses grupos se aproveitam de manifestações legítimas, promovem os danos e acabam retornando ao protesto. Segundo o SPTV, a PM disse ainda que foi difícil prender os vândalos porque eles acabaram se misturando aos protestantes, mas seis foram detidos e liberados.

Sobre a ação da PM, o funcionário de uma concessionária que foi depredada, disse que a viatura chegou rapidamente e, por isso, o grupo de vândalos ficou menos de cinco minutos dentro do estabelecimento. No entanto, esse período já foi suficiente para causar grandes estragos - um balanço feito pela concessionária mostrou que foram destruídos dois carros novos, que tiveram os vidros quebrados e a lataria amassada.

A manifestação
O protesto começou por volta das 18h no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Às 18h55, os manifestantes ocuparam os dois sentidos da Avenida Paulista e caminharam em direção ao Paraíso.

(O G1 acompanhou em tempo real a manifestação, fotos e vídeos; acesse.)
Cerca de meia hora depois, mascarados começaram a pichar a Estação Trianon-Masp do Metrô e uma agência do Banco Itaú, que também teve um corrimão arrancado e vidros quebrados. Eles colocaram fogo em sacos de lixo espalhados na via e quebraram relógios no canteiro central da avenida.

Neste momento, um grupo gritava "sem vandalismo", enquanto outros manifestantes respondiam "sem pacifismo". Pessoas que se identificaram como integrantes do movimento Black Bloc distribuíram panfletos.

Durante a destruição, um homem mascarado dizia que "vandalismo é o que fazem nas escolas, cheias de gente sem educação". Ele afirmou que "manifestação pacífica é passeio pela cidade".

Manifestantes contrários à violência pediam para os atos de vandalismo pararem. "Isso é loucura. Para com isso", disse um dos participantes do protesto.

Depois que a primeira agência foi atacada, grupos começaram a depredar outros bancos na região, sem intervenção da Polícia Militar. O G1 flagrou depredação em cinco agências do Banco Itaú, duas do Bradesco, duas do Santander e uma do Banco do Brasil. Uma agência do Citibank foi pichada.

Na agência do Banco do Brasil, grupos mascarados usavam pedaços de ferro para quebrar os caixas eletrônicos. Sacos de lixo foram abertos e atirados dentro de uma agência do Itaú. Móveis foram retirados e jogados no meio da rua.

O grupo seguiu pela Avenida Bernardino de Campos e desceu para a Avenida 23 de Maio, onde forçou um ônibus biarticulado a bloquear a pista sentido aeroporto.
Manifestantes sacudiram uma van da Rede Record e tentaram colocar fogo no veículo, mas foram dispersados pela Polícia Militar. Foram jogadas bombas de gás para dispersar o grupo.

Os manifestantes correram para ruas da região e um pequeno grupo depredou uma concessionária de veículos Chevrolet na Rua Pedroso.

Depois, eles subiram a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e voltaram a bloquear o cruzamento com a Avenida Paulista.

Motoristas que subiam a Brigadeiro foram surpreendidos e trafegaram na contramão para fugir do bloqueio. A PM voltou a usar bombas de gás para dispersar os manifestantes.
Por volta das 21h, as pessoas que participaram do protesto tinham se dispersado. Policiais continuaram na Avenida Paulista para evitar mais atos de vandalismo.

Cacos de vidro das agências bancárias ficaram espalhados pela via. Pichações sujaram as fachadas do Itaú Cultural, de bancos e de estações do Metrô.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir