Os resultados dão maioria absoluta ao governo no Parlamento.
Oposição denuncia irregularidades e pede investigação.
Foto: portuguese.ruvr.ru A oposição rejeitou nesta segunda-feira (29) os resultados preliminares das eleições gerais realizadas no domingo no Camboja e pediu uma investigação ao considerar que houve muitas irregularidades.
Os resultados iniciais dão a vitória com maioria absoluta ao Partido do Povo do Camboja (PPC), do primeiro-ministro Hun Sen, com 68 das 123 cadeiras no parlamento, frente a 55 para o Partido Nacional pelo Resgate do Camboja (CNRP), da oposição.
"Não aceitamos os resultados (...) porque encontramos várias irregularidades", denunciou o PRNC em comunicado.
A legenda opositora pediu a criação de um "comitê conjunto", que inclua representantes de ambos os partidos, do Comitê Eleitoral, das Nações Unidas e da sociedade civil para investigar as denúncias.
O pleito, o quinto desde o restabelecimento da democracia, em 1993, transcorreu com normalidade, embora grupos de observadores denunciaram irregularidades no registro de voto que deixaram muitos eleitores fora do censo.
A organização Transparência Internacional qualificou de "caótico" o desenvolvimento da jornada eleitoral, em uma avaliação preliminar.
Seu diretor-executivo, Prieb Kol, disse que as eleições se ficaram longe do cumprimento dos padrões e princípios da democracia, embora tenha destacado o menor clima de violência durante a campanha eleitoral em relação às anteriores.
O Comitê Nacional Eleitoral ainda não publicou os resultados oficiais nem deu números de participação que, segundo a organização local Comitê para Eleições Livres e Justas foi de 69%, a mais baixa em 20 anos.
Fonte: g1.globo.com
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