Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-07-2013

Europa promete manter esforço para mediar a crise política do Egito
Chefe da diplomacia europeia encontrou presidente deposto e vice interino. Ela pediu que políticos egípcios "tomem as decisões corretas".
Europa promete manter esforço para mediar a crise política do Egito
Foto: www.dci.com.br

A União Europeia vai manter seus esforços para mediar a crise política no Egito, disse nesta terça-feira (30) Catherine Ashton, a chefe da diplomacia europeia, ao fim de uma visita ao Cairo.

Falando ao lado do vice-presidente interino do Egito, Mohamed ElBAradei, ela disse que os diplomatas do bloco europeu vão participar desse esforço. "Eu voltarei", disse ela, apelando para que os políticos egípcios "tomem as decisões corretas".

ElBaradei apelou para que os protestos da Irmandade Muçulmana, contra a deposição do presidente Mohamed Morsi em 3 de julho, terminem pacificamente.

Antes, Ashton havia se reunido com o presidente egípcio deposto Mohamed Morsi, detido em um local secreto desde o golpe.

Em um comunicado, grupos islamitas advertiram Ashton que as manifestações continuarão até o retorno da "legitimidade constitucional".

"A coalizão afirmou que o povo egípcio não abandonará as ruas e as praças até o retorno da legitimidade constitucional", afirma o texto, enquanto as manifestações no país profundamente dividido se tornam cada vez mais violentas.

Morsi não aparece em público desde sua deposição e, oficialmente, não recebeu nenhuma visita, nem mesmo de seus familiares, que recentemente reclamaram por não poder vê-lo.

Em uma visita anterior, no dia 17 de julho, Ashton havia pedido a libertação de Morsi e havia lamentado não ter podido se encontrar com ele.

Desde a destituição de Morsi, seus partidários organizam manifestações diárias e acampam em várias praças do Cairo.

Na segunda-feira convocaram uma manifestação de "um milhão" de pessoas para exigir que o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito volte ao poder.

A crise política egípcia se agravou no sábado passado, quando as forças de segurança reprimiram violentamente no Cairo os partidários de Morsi, provocando a morte de 72 pessoas, todas civis.

O governo ameaçou dispersar à força os acampamentos islamitas no Cairo, acusados de ser focos de terrorismo, o que levanta os temores de um novo banho de sangue.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir