Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-07-2013

Cedae diz que vai ressarcir famílias após rompimento de adutora no Rio
Concessionária faz apelo para moradores economizarem água. Uma menina de 3 anos morreu e sete ficaram feridos em Campo Grande.
Cedae diz que vai ressarcir famílias após rompimento de adutora no Rio
Foto: radioitaperunafm.com

Técnicos da Cedae realizam manobras para evitar o desabastecimento na Zona Oeste e em outras regiões da cidade após o rompimento da adutora Henrique Novaes, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira (30). No entanto, a concessionária faz um apelo para os moradores economizarem água. A menina Isabela Severo dos Santos, de 3 anos, morreu e outras sete pessoas ficaram feridas.

Ao todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados, 72 desabrigados e 17 casas desabaram.

O diretor de operações da Cedae, Jorge Briard, informou que a empresa vai ressarcir integralmente todos os moradores. Equipes de assistência social estão no local para realizar o cadastro dos desabrigados.

"A preocupação principal é o atendimento às pessoas. A Cedae já consegue redistribuir a água para outras adutoras para que não haja desabastecimento. O problema não é recorrente, não há estatística de vazamento de grande porte na adutora, isso foi um acidente pontual. Técnicos estão no local para recolher material e analisar o que provocou o rompimento", explicou Briard.

O rompimento ocorreu por volta das 6h na altura do número 4.500 da Estrada do Mendanha. Casas e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um jato que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo de Bombeiros.

"Eu lamento profundamente o óbito da criança. Nós tentamos reanimá-la a todo o momento, durante o trajeto até o hospital. Ainda estamos vendo a dimensão do estrago", disse o coronel Sergio Simões, dos Bombeiros.

Diversas residências foram alagadas, com a água chegando a 2 metros de altura em alguns pontos, de acordo com moradores. Muitas pessoas ficaram ilhadas. Segundo o secretário de Defesa Civil do município, Márcio Motta, pelo menos três quarteirões foram isolados.

"Estava dormindo e acordei ao escutar um barulho muito forte no telhado. Em seguida, as paredes começaram a se destruir. A gente estava no segundo andar e a força da água arrastou a gente para o outro lado da rua. Nós paramos em frente à casa do vizinho", disse o mecânico Agilson da Silva Serpa, que sofreu um ferimento no joelho.

A dona de casa Juliana Lemos conseguiu socorrer os quatro filhos. "Meus filhos estão bem, estavam todos dormindo. Acordamos com as paredes caindo. Eu só tive um ferimento no pé", afirmou ela, que foi atendida na ambulância do Corpo de Bombeiros.

Carros e ambulâncias dos quartéis de Campo Grande e Santa Cruz estão no local. Um bote salva-vidas ajuda no resgate de moradores. Equipes da Defesa Civil municipal e agentes da Polícia Militar também foram enviados.

Em entrevista à GloboNews, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse que a corporação vai avaliar os danos causados pela água.

"Nosso trabalho tem sido para retirar pessoas de dentro de casa em razão da grande extensão do alagamento. Estamos trabalhando em conjunto com o Departamento de Engenharia da Defesa Civil da cidade para fazer as avaliações e as extensões dos danos causados nas casas que foram destruídas ou danificadas", explicou Simões.
Interdição e falta de luz

A Estrada do Mendanha foi interditada na altura da Rua Marcolino da Costa e o trânsito era desviado pela Estrada do Pedregoso. De acordo com a Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia, após o rompimento da adutora, a luz foi desligada por questões de segurança na região.

A Cedae enviou uma equipe de manutenção para providenciar o reparo e uma outra equipe para fazer análise de danos para que as pessoas possam ser ressarcidas de qualquer prejuízo. Segundo a concessionária, técnicos desligaram a tubulação, fizeram a manobra e a pressão da água deve diminuir gradativamente. (Veja a entrevista ao lado com o diretor de operações da Cedae, Jorge Briard).

Ainda não há informações do que provocou o rompimento da adutora. Por volta das 8h, duas após o rompimento, ruas no entorno da Estrada do Mendanha estavam inundadas.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir