|
O problema é da faixa
|
|
“Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço”, Kant. Pensei um pouco e, num passeio pelas ruas de Cachoeiro, resolvi que não vou colocar a culpa pelo trânsito caótico no cartório, que fica paradinho lá na esquina, mas sim na faixa! Primeiro porque o motorista cachoeirense sai de casa sem destino. No meio do caminho ele decide se sobe ou desce, por isso não anda corretamente na sua pista, atrapalhando todos que vêm atrás, muda de uma para outra como se a faixa que corta a pista, seja dupla ou até na contramão, não existisse. Em segundo lugar está o pedestre. Este sim é um grande pentelho. Sempre tenta atravessar fora da faixa. E quando vai passar nela, a grande maioria, nem olha para os lados ou sequer faz sinal avisando os pobres e problemáticos motoristas. Querem uma solução prática e em curto prazo? Simples. Ninguém sai de casa. Ou a prefeitura pode acabar de vez com as faixas. Elas não servem para nada mesmo. A questão é mais complexa do que se imagina. Por isso os estudos e campanhas são promovidos e não será da noite para o dia que as mudanças surtirão efeito. Nós, leigos no assunto, podemos até dar alguns palpites, como por exemplo, acho (disse acho!) que deveriam liberar a travessia da ponte municipal somente para quem desce da Rua Dona Joana. Quem passar pelo centro deve seguir direto até a ponte do Baiminas. Acredito que para desafogar o centro é necessário tirar mais alguma coisa, além das faixa. É verdade que muita gente tira o carro da garagem só para ostentar sua potência. Diria que tem algo haver com o pênis e o super homem. Freud e Nietzsche explicam. Por outro ângulo, há necessidade de se fazer presente, pois gostamos de fazer parte do caos. Somos o choque. Quem sabe o que seria de nós sem o outro? Talvez ruas vazias e paralelas. Hora, e para que serve a psicanálise e a filosofia se não para desvendar ou por mais combustível em alguns de nossos problemas? Um deles, caro amigo e amiga cachoeirense, é o trânsito. Eu, por outros lados, resolvi que só passo no centro de Cachoeiro por extrema necessidade. Ando pelos cantos e ruas paralelas que são, acreditem... Vazias. De vez em quando me perco e acabo parando numa via sem saída. Paciência. Conhecer e pensar a respeito de coisas novas é o que propõe a filosofia e, quanto à psicanálise, prefiro gozar numa rua estreita e sem trânsito. Fonte: Redação Maratimba.com
|
| Por: Roney Moraes | Imprimir |
|
|
 |
