Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-08-2013

Protestos foram surpresa para esquerda e direita, diz Lula
"Estamos ficando velhos", disse, durante encontro de partidos de esquerda. No Foro de S�o Paulo, ex-presidente defendeu maior integra��o na AL.
Protestos foram surpresa para esquerda e direita, diz Lula
Foto: g1.globo.com

Lula tamb�m havia comentado a onda de manifesta��es em julho, quando discursou para estudantes na Universidade Federal do ABC. Na ocasi�o, incentivou os protestos e pediu aos jovens que "n�o neguem" a pol�tica.

"Quando voc�s estiverem putos da vida, mas putos, que voc�s n�o confiem em ningu�m, n�o gosto do Lula, n�o gosto da Dilma, n�o gosto do [Luiz] Marinho, n�o gosto n�o sei de quem, ainda assim, n�o neguem a pol�tica. E muito menos neguem os partidos. Voc�s podem fazer outros", disse.

Integra��o

No discurso, o ex-presidente voltou a afirmar que os pa�ses da Am�rica Latina devem refor�ar a integra��o regional. Ele voltou a citar a Alian�a do Pac�fico, apontada como manobra para esvaziar a Unasul.

"Estamos vendo que os Estados Unidos n�o brincam em servi�o. Evoluimos muito no ponto de vista da integra��o mas precisamos avan�ar 50 ou 100 vezes mais. Politica de integra��o a gente n�o faz por telefone", afirmou.

Lula defendeu que seja criado para os partidos e governos de esquerda uma doutrina em resposta ao chamado "Consenso de Washington", conjunto de pr�ticas recomendadas pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI) no fim dos anos 80 para ajustar as economias dos pa�ses da Am�rica Latina e hoje consideradas marco do neoliberalismo. "Estou querendo criar uma doutrina sobre integra��o. Est� na hora de construirmos um consenso das esquerdas na Am�rica Latina", afirmou.

Lula tamb�m pregou que os partidos de esquerda criem seus pr�prios mecanismos de comunica��o, por meio da internet.

No in�cio de seu discurso, o ex-presidente fez uma provoca��o ao governo dos Estados Unidos. "Tenho de falar poquito porque o Departamento de Estado americano est� gravando."

Dilma

Em video exibido na abertura do 19� Foro de S�o Paulo, a presidente Dilma Rousseff defendeu o fortalecimento da democracia e o equil�brio fiscal e afirmou que seu governo entendeu o recado das ruas ap�s os protestos de junho.

"Brasileiros e brasileiras, especialmente os jovens, foram �s ruas demandando melhorias de pol�ticas p�blicas. Meu governo e meu partido entenderam rapidamente o recado das ruas. As manifesta��es s�o parte indissoci�vel de nosso processo de ascen��o social. N�o pediram a volta ao passado. Pediram, sim, o avan�o para um futuro de mais direitos", afirmou.

Dilma afirmou que "o fortalecimento da democracia tem import�ncia central" e defendeu maior integra��o. "Nossos governos t�m sido forte na defesa da soberania nacional, mas n�o se refugiaram em um nacionalismo estreito."

A presidente tamb�m pregou equil�brio fiscal. "Defendemos uma nova pol�tica econ�mica, capaz de estimular o crescimento mantendo a infla��o sob controle e equil�brio fiscal", disse Dilma.

Criado em 1990, o Foro de S�o Paulo re�ne 23 partidos de esquerda de pa�ses da Am�rica Latina e Caribe. Participam do Foro, no Brasil, sete partidos: PT, PCdoB, PCB, PPL, PPS, PSB e PDT.

Neste encontro, os integrantes debatem a atual conjuntura internacional e dever�o aprovar um plano de a��o para o pr�ximo per�odo.

Est�o em debate nesta edi��o do Foro os conflitos e revolu��es no Oriente M�dio, o interc�mbio entre Am�rica Latina e �frica, a crise econ�mica na Europa e nos Estados Unidos e a rela��o entre a Am�rica Latina e os Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul).

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir