Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-08-2013

Comércio reclama de falta dágua em bairro de Ribeirão Preto há dez anos
Gerente diz que loja no Jardim Sumaré já ficou 5 dias seguidos sem água. Prefeitura informou que reservatório tem nível suficiente para distribuição.
Comércio reclama de falta dágua em bairro de Ribeirão Preto há dez anos
Foto: g1.globo.com

Comerciantes do Jardim Sumaré, em Ribeirão Preto (SP), reclamam que a região enfrenta um problema constante de falta dágua há pelo menos dez anos. Eles relatam que o serviço é interrompido geralmente entre às10h e 16h e afeta lojas, restaurantes e bares do bairro localizado na zona sul da cidade. A Prefeitura informou que o reservatório que abastece a região está adequado, mas que o Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) enviará uma equipe ao local para verificar o problema.

O corte na distribuição dita a rotina dos moradores e comerciantes, como em uma loja de vinhos na Rua Comandante Marechal Deodoro. De acordo com a vendedora Rosana Pera, de 51 anos, o local funciona há dez anos e quase diariamente costuma ficar sem água entre as 10h e 16h. "Até dar 10h já teve gente que organizou a casa, tomou banho, lavou a calçada. As lojas também costumam abrir às 10h, então é nesse horário que o problema fica mais sério", afirma.

Uma empregada que vai à loja às terças e sextas-feiras, segundo ela, muitas vezes consegue concluir apenas metade do serviço da faxina. "Ela só consegue varrer a calçada, pois não tem água na mangueira para limpar direito."

Gerente de uma loja na Rua Altino Arantes, Daniela Siena, de 33 anos, afirma que desde a inauguração há cinco anos, a falta dágua tem sido constante, principalmente no fim de ano, no período que antecede o Natal. "Neste ano também tivemos muitos problemas em abril e junho", acrescenta.

Segundo a administradora da mesma loja, Rafaela Giloni, de 31 anos, o estabelecimento chegou a ficar por cinco dias seguidos sem água, o que, além do transtorno, gerou custos extras. "Quando ficamos sem água, ligamos para o Daerp que envia um caminhão-pipa para abastecer a loja e o custo vem cobrado na nossa conta. Mas houve vezes em que não vieram e tivemos que contratar um caminhão-pipa particular para abastecer a loja, o que sai em torno de R$ 300."

Os funcionários da loja também reclamam que, não bastasse o problema criado entre os 30 empregados, a falta dágua também é sinônimo de desconforto para os clientes, sobretudo quando é preciso utilizar o banheiro. "O nosso maior prejuízo acaba sendo o desconforto que tudo isso traz", afirma Daniela.
Atraso em cursos
Em uma escola de gastronomia, a falta dágua influencia diretamente o andamento das aulas. Segundo Solange Fabrício, de 43 anos, responsável pela limpeza no local, a escola já atrasou o início dos cursos em função da disponibilidade do serviço de distribuição.
Ela diz que na última sexta-feira (2), uma aula com uma professora convidada teve que ser atrasada em 20 minutos. "Deu 18h e a água foi começando a ficar fraca e parou. A aula era para ter começado às 19h, mas acabou atrasando pois não tinha como a professora cozinhar", diz.

Não somente as aulas, mas a louça acumulada também é um transtorno para Solange. "Nesses casos não temos o que fazer além de esperar. Acaba atrasando muito o meu dia."

Prefeitura
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o reservatório da região tem se mantido a um nível adequado e que uma equipe do Daerp será enviada ao local para verificar a falta dágua.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir