Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-08-2013

Ocupação da Câmara do Rio completa uma semana
Manifestantes defendem a anulação da instalação da CPI dos Ônibus. Primeira reunião aconteceu nesta quinta-feira (15) e durou 45 minutos.
Ocupação da Câmara do Rio completa uma semana
Foto: g1.globo.com

Os manifestantes que defendem a anulação da instalação da CPI dos Ônibus e que não concordam com a escolha do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Chiquinho Brazão, completam, nesta sexta-feira (16), uma semana de ocupação das escadarias da Câmara de Vereadores, no Centro do Rio. Há cerca de doze pessoas instaladas dentro do local desde o dia 9.

Na quinta-feira (15), a primeira reunião deliberativa da CPI dos Ônibus na Câmara começou por volta das 10h e durou cerca de 45 minutos. A sessão foi aberta pelo vereador Chiquinho Brazão (PMDB). Assim que a reunião começou, o vereador Eliomar Coelho (PSOL) se retirou da sessão.

Manifestantes chegaram a bloquear o trânsito na Avenida Rio Branco, na altura da Cinelândia. O comando do 5° BPM informou que dois manifestantes foram encaminhados para a 5ªDP (Mem de Sá) por suposta tentativa de agressão a policiais.

Na quarta-feira (14), o presidente da Casa se reuniu com os manifestantes que ocupam o local, mas não houve acordo. No início da noite, um grupo impediu a saída dos parlamentares e um vereador e uma mulher foram apedrejados.

Reunião

A reunião aconteceu a portas fechadas em um auditório da Câmara. Os manifestantes foram recebidos pelo presidente da Casa, Jorge Felippe, do PMDB, e por um grupo de vereadores.

Eles apresentaram uma lista de reivindicações, entre elas uma nova eleição para a presidência e relatoria da CPI dos Ônibus. Mas, ao fim do encontro que durou cerca de uma hora, o presidente da Casa disse que não pode atender aos pedidos.

"Eu não posso anular uma ata que foi assinada por cinco integrantes que foram respeitados todos procedimentos legais e regimentais, eu penso que não pode ser diferente", afirmou Jorge Felippe.

"Ele não respondeu pergunta e insistiu na frase que ‘é legal’", disse um manifestante.

No fim da tarde, manifestantes cercaram as portas da Câmara. Jornalistas e funcionários tiveram que esperar cerca de 20 minutos até que os acessos fossem liberados.

O grupo trancou os portões da Câmara com cadeados, impedindo que vereadores deixassem o local. O vereador Luiz Carlos Ramos e uma mulher que passava perto das escadarias do prédio foram atingidos por pedras. O clima ficou tenso e só no início da noite os parlamentares, entre eles o presidente da Casa, conseguiram deixar o Palácio Pedro Ernesto com a ajuda da tropa de Choque da PM.

O presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe, afirmou que pediu reforço policial para a abertura da CPI dos Ônibus. O presidente da comissão, Chiquinho Brazão, divulgou nota em que classifica como covardes os atos praticados pelos manifestantes que agrediram com pedradas o vereador Luiz Carlos Ramos.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir