Torcedor do Flamengo foi agredido e teve o maxilar quebrado neste domingo.
Pelo menos sete policiais militares acompanhavam confusão de perto.
Foto: radioitaperunafm.com O chefe de estado maior da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Adilson Evangelista, afirmou na manhã desta segunda-feira (19) que houve "retardo" na ação dos policiais para conter a briga de torcedores no lado de fora do estádio Mané Garrincha, neste domingo (18), quando Flamengo e São Paulo jogaram.
A confusão antes do início da partida deixou um torcedor do Flamengo ferido. A chefia de equipe do Hospital de Base de Brasília informou nesta manhã que o torcedor do Flamengo agredido teve o maxilar quebrado, mas está estável e aguarda cirurgia.
Imagens mostram policiais próximos à briga sem ação, enquanto o torcedor, no chão, é agredido. Pelo menos sete policiais estavam bem perto da confusão.
O coronel explicou que um dos policiais flagrados próximo à vítima teria chegado a sacar a arma, mas avaliou não ser o melhor momento de agir e se ausentou para buscar reforço. "A gente verifica que o policial deu um retardo na ação, isto é fato pelas imagens. Porém toda ação do policial é avaliada para verificar que comportamento deveria ter naquele momento", diz Evangelista.
Os torcedores envolvidos na confusão foram dispersos com a ajuda da cavalaria; 13 pessoas foram encaminhadas à 5ª Delegacia de Polícia. Segundo o coronel Evangelista, o policiamento no local contava com o mesmo efetivo dos últimos nove jogos realizados no estádio, com homens dentro e fora da arena.
Funcionários do estádio que presenciaram a confusão reconheceram na delegacia três pessoas suspeitas de participar da agressão ao torcedor do Flamengo. Todos vieram de São Paulo, e são da Independente, a maior torcida organizada do time paulista. Entre eles, está o presidente da torcida.
De acordo com a polícia, eles foram presos em flagrante por lesão corporal grave e passaram a madrugada na delegacia. Os três serão levados para o Departamento de Polícia Especializado (DPE) nesta segunda e o inquérito vai ser encaminhado à Justiça.
Início da briga
Policiais que faziam a escolta da torcida do São Paulo informaram que antes do jogo, por volta de 15h20, torcedores da Independente chegavam ao estádio em dois ônibus e mais alguns carros. Os policiais disseram que o comboio fazia o retorno no Eixo Monumental, perto da entrada, quando torcedores do Flamengo começaram a atirar pedras contra os
ônibus. Eles seriam integrantes da torcida organizada Raça Rubronegra.
Um grupo de são-paulinos teria descido dos ônibus e perseguido os flamenguistas que atiraram as pedras. Os dois grupos teriam se dirigido ao estádio enquanto a escolta seguia com os torcedores do São Paulo que ficaram nos ônibus até a entrada do Mané Garrincha.
Segundo a polícia, ainda não dá para afirmar que o episódio com os ônibus tenha dado origem à briga na porta do estádio, mas ele ocorreu minutos antes da confusão.
Fonte: g1.globo.com
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