Categoria Economia  Noticia Atualizada em 22-08-2013

Dólar fecha cotado a R$ 2,45 e efeito sobre a inflação preocupa o governo
No ano, moeda americana já acumula alta de 19% em relação ao real. É o maior nível desde dezembro de 2008.
Dólar fecha cotado a R$ 2,45 e efeito sobre a inflação preocupa o governo
Foto: www.otempo.com.br

A moeda americana já atingiu a maior cotação desde dezembro de 2008, e as medidas até agora não funcionaram. O governo está preocupado com os efeitos sobre a inflação, que pode afetar, inclusive, o preço da gasolina. A área econômica tem nova reunião nesta quinta-feira (22).

O presidente do Banco Central desistiu da viagem que faria para os Estados Unidos e resolveu ficar em Brasília para acompanhar o mercado. Na quarta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff se reuniu com a presidente da Petrobrás, Graça Foster. Uma das preocupações é com a pressão que um reajuste de preço dos combustíveis pode provocar sobre a inflação.

A disparada na cotação do dólar aconteceu depois da divulgação de um relatório do Banco Central americano, o Fed. O documento sinalizou que os Estados Unidos vão reduzir o programa de estímulos monetários, ou seja, diminuir a oferta de dólar no mercado. Alguns analistas interpretaram essa mudança pode acontecer logo, ainda em setembro.

No ano, a moeda americana já acumula alta de 19% em relação ao real. Nesta quarta-feira (21), o dólar fechou cotado a R$ 2,45, o maior nível desde dezembro de 2008.

As moedas de países emergentes, como o Brasil, estão perdendo valor em relação ao dólar. O real teve uma das maiores quedas, 16,41% desde o começo do ano.

"Esse é o momento do mercado financeiro atual: muito nervosismo. Todos sofreram e o Brasil acabou sofrendo um pouco mais, mesmo porque nossa moeda tem uma volatilidade muito forte e isso acaba contribuindo para um movimento mais abrupto", declara André Perfeito, economista.

Como já tinha feito antes, o Banco Central brasileiro tentou segurar a cotação da moeda americana nesta quarta (21). Em várias operações, injetou US$ 2,7 bilhões no mercado, mas não teve sucesso.

A instabilidade no câmbio provocou uma mudança na agenda do presidente do Banco Central. Alexandre Tombini cancelou uma viagem que faria para os Estados Unidos. Decidiu ficar em Brasília para monitorar pessoalmente o mercado.

Nesta quinta-feira (22), tem reunião do Conselho Monetário Nacional, e o dólar vai ser um dos principais assuntos desse encontro, que vai ter a participação de toda a equipe econômica.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir