Embargos de declaração do Bispo Rodrigues, da Katia Rabello, do José Roberto Salgado e do Vinicius Samarane foram rejeitados nesta quarta (21).
Foto: agenciabrasil.ebc.com.br No julgamento dos recursos do mensalão, em Brasília, o Supremo Tribunal Federal manteve as condenações de mais quatro réus.
O clima tenso da semana passada parece ter sido superado. Assim disse o ministro Ricardo Lewandowski. O ministro Joaquim Barbosa não pediu desculpas. Explicou a atitude da semana passada, quando acusou o ministro Lewandowski de fazer chicana, para tentar atrasar o julgamento.
"É dever do presidente desta casa adotar todas as medidas ao seu alcance para que o serviço da Justiça seja transparente, célere, sem delongas, até mesmo em respeito à sociedade, que é quem afinal paga os nossos salários", declara Joaquim Barbosa, presidente do STF.
O ministro Lewandowski disse que recebeu manifestações de apoio, e que o assunto estava encerrado.
"Porque este tribunal, pela sua história, é maior do que cada um de seus membros individualmente considerados e é maior também do que a somatória de todos os seus integrantes", diz Ricardo Lewandowski, ministro do STF.
Levandovsky recebeu apoio de outros ministros. "Cada um dos Juízes desta Corte tem o direito de expressar, em clima de absoluta liberdade, as suas convicções em torno da resolução dos graves litígios que lhes são submetidos, sob pena de comprometimento do necessário e pleno coeficiente de legitimidade que deve qualificar as decisões proferidas por este Supremo Tribunal Federal", diz Celso de Mello, ministro do STF.
Nesta quarta-feira (21), os ministros rejeitaram os recursos de quatro condenados que queriam redução de pena.
Os embargos de declaração rejeitados foram do ex-deputado Carlos Alberto Rodrigues, o Bispo Rodrigues, do antigo PL; da ex-presidente do Banco Rural, Katia Rabello; do ex-vice presidente do banco José Roberto Salgado; e do ex-dirigente Vinicius Samarane.
Na sessão desta quinta (22), os ministros vão julgar outros embargos declaratórios, entre eles, os de Marcos Valério, o operador do mensalão, e Delúbio Soares, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores.
Fonte: g1.globo.com
|