Ao anunciar que vai se aposentar nos pr�ximos 12 meses, Ballmer, de 57 anos de idade, reafirmou sua paix�o por meio de um e-mail endere�ado a todos os funcion�rios da companhia.
Foto: codigofonte.uol.com.br Quatro palavras podem resumir os 33 anos de Steve Ballmer na Microsoft: "Eu amo esta empresa".
Elas foram gritadas a plenos pulm�es durante uma agora infame apresenta��o no ano 2000 na qual um Ballmer animado em um palco tentava inspirar os funcion�rios da Microsoft. O v�deo do evento lhe rendeu o apelido de Monkey Boy, ou pagador de mico, e se tornou viral na internet.
Em outra apresenta��o ele suou puxando o coro: "desenvolvedores", "desenvolvedores", "desenvolvedores".
Ao anunciar que vai se aposentar nos pr�ximos 12 meses, Ballmer, de 57 anos de idade, reafirmou sua paix�o por meio de um e-mail endere�ado a todos os funcion�rios da companhia.
"Eu amo essa empresa", disse ele novamente. Mas, agora, o debate �: ser� que a companhia o amava?
Nascido em Detroit, Ballmer estudou matem�tica e economia em Harvard, onde se tornou um amigo pr�ximo de Bill Gates, o fundador da Microsoft.
Em 1980, Gates contratou Ballmer para ser o primeiro gerente de neg�cios da empresa em uma �poca em que tinha apenas 29 funcion�rios.
Ele exerceu diversas fun��es na empresa ao longo dos anos, incluindo a de vice-presidente s�nior de vendas e suporte, vice-presidente s�nior de sistemas de software e vice-presidente de marketing.
E, no ano 2000, ele chegou ao cargo m�ximo, sucedendo Gates como chefe executivo.
M�quina de e-mails
Mas a "vis�o", como a empresa definiu, se manteve firmemente com Gates, e o legado de Ballmer em tecnologia n�o ser� como o do inovador Steve Jobs, mas o de um homem de vendas.
Na verdade, cr�ticos afirmam que uma s�rie de decis�es erradas foram a fraqueza de seu mandado.
"A Microsoft teve uma d�cada perdida, deixando escapar cada grande acontecimento", afirmou Dan Lyons, ex-editor de tecnologia da revista Business Week.
"� inacredit�vel a quantidade de oportunidades que a Micrsoft deixou escorregar pelos dedos".
Em 2007, dias ap�s a apresenta��o do cofundador da Apple, Steve Jobs, que revelou o iPhone, Ballmer afirmou que o aparelho "n�o era uma m�quina muito boa de e-mails" e n�o seria atrativo �s empresas devido � falta de um teclado. "N�s temos �timos celulares Windows", ele disse.
Hoje, aparelhos com sistemas da Apple e da Google dominam o mercado de smartphones � enquanto o Windows Phone amarga um pequeno crescimento.
Em outras �reas, como a de tablets, a empresa tem sido igualmente devagar. De acordo com os n�meros mais recentes, a Microsoft obteve apenas 562 milh�es de libras (R$ 2 bi) em vendas do Surface, seu tablet lan�ado no ano passado com muita desenvoltura. No m�s passado, a empresa registrou perdas US$ 900 milh�es (R$ 2,1 bi) em aparelhos n�o vendidos.
"N�s produzimos um pouco mais do que conseguimos vender", disse Ballmer.
Xbox
Contudo, houve v�rias hist�rias de sucesso na empresa durante esse per�odo.
Como chefe executivo, ele alimentou a divis�o de entretenimento e aparelhos at� se tornar o principal bra�o do neg�cio � sendo o Xbox o sucesso mais proeminente da companhia nos �ltimos anos.
Em suas palavras, � o trabalho da Microsoft com PCs que Ballmer entende como sua principal conquista.
Mas foi a percep��o de sua confian�a excessiva nesta parte do neg�cio que muitas vezes irritou os investidores.
Outros l�deres da ind�stria dizem acreditar que, sob a supervis�o de Ballmer, a Microsoft se tornou uma empresa dependente de pessoas que precisam de seus produtos, mas n�o necessariamente os desejam.
"Ele supervisionou o decl�nio da Microsoft", disse Jim McKelvey, cofundador da empresa de pagamentos por celular Square.
"A Microsoft continua escorregando para a irrelev�ncia. � uma grande companhia que precisa de mudan�as".
"Penso que eles se tornaram muito dependentes de um controle monopol�stico. Quando a internet tornou os sistemas de opera��o menos relevantes, a Microsoft n�o p�de mais impor produtos med�ocres �s pessoas".
No entanto, sob a lideran�a de Ballmer a Microsoft triplicou sua receita e dobrou seus lucros. Ele pr�prio deve deixar a companhia com um patrim�nio de US$ 15,2 bi (R$ 35,7bi).
Ao mesmo tempo, os investidores est�o otimistas. As a��es da Microsoft subiram 9% com a not�cia de sua sa�da.
Fonte: noticias.terra.com.br
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