Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 26-08-2013

A DIFERENÇA DOS IGUAIS E A IGUALDADE DOS DIFERENTES
No decorrer da faculdade gastamos energia com coisas que julgamos serem importantes, como estágios, monitorias, artigos, grupos de estudo e etc.
A DIFERENÇA DOS IGUAIS E A IGUALDADE DOS DIFERENTES

Um tempo depois, sei lá, uns 4 anos, talvez, nós comecemos a pensar e a refletir o quanto àquele tempo foi "desperdiçado" (con permiso), por entender que a vida é mais simples, para uns ou mais complicada, para outros. Após mais poucos anos começamos a perceber que não é bem assim. Há uma linha de pesquisa da pedagogia que diz: o aprendizado é construído por tudo aquilo que fazemos e vivemos, ou seja, nós construímos nosso conhecimento, com base naquilo que permitimos que nos ocorra no dia a dia, ou ainda, que aprender é uma interpretação pessoal do mundo. Deu nó aí? Já, já desata.

É por que para enxergar que somos iguais sendo diferentes, e vice versa, vai depender de como e quanto, nos permitimos viver e a "desperdiçar" nosso tempo, seja na faculdade acadêmica, seja na universidade da vida.

Nós observamos batalhas vitais pelo poder no mundo animal irracional, são batalhas por território, pela fêmea, por alimento ou por instinto natural de batalha mesmo. No mundo animal racional vemos a mesma coisa? Claro que sim, mas, com um agravante, nós temos plena consciência de que, tudo pode ser mudado pela ação planejada de outro "bicho-homem" (pode ser mulher também). Já lemos muita coisa sobre as relações humanas de poder, são muitas as linhas de pensamento. Porém, um pensamento é patente: Quanto mais forte nossa ligação emocional com outra facção/grupo, maior é a força mútua. As trocas mais potentes ocorrem com os grupos com os quais passamos a maior parte do tempo. Os sentimentos têm conseqüências que se reproduzem em nosso corpo, do coração ao sistema imunológico. Isso significa que os nossos relacionamentos interferem e moldam não só a nossa experiência. Então, tudo isso só pode nos conceder, inevitavelmente, dois impactos: o positivo e o negativo. Os positivos refletem em benefício da nossa saúde e, os relacionamentos tóxicos ou negativos, funcionam como um lento envenenamento do organismo.

Nós, como qualquer animal, respiramos, andamos, alimentamo-nos, reproduzimo-nos e brigamos pelo poder e, conscientemente, por interesses diversos travamos batalhas infinitas. Todavia, os bichinhos, mordem-se, arranham-se e despedem-se, cada um pro seu lado, vida que segue. Esse comportamento é reflexo do seu instinto ou condicionamento (não deixa de ser aprendizado). Alguns irracionais entre os racionais, simplesmente não se despedem, não largam a batalha. Esses irracionais continuam, diariamente, mordendo, arranhando, ofendendo e mutilando, ou melhor, revivendo as experiências e conhecimentos aprendidos ao longo da vida, para àqueles que assim aprenderam. Esses "animais" usam, deliberadamente, a forte ligação emocional de grupo, e sua força mútua para persistirem em guerras perdidas, insistem na briga e na disputa, isto é, usam outras pessoas para guerrear suas guerras, e o (a, os ou as) babaca (s) vai (ão) e assume (m) a batalha, é o famoso "comprar a briga". Gente assim me faz lembrar de um famoso personagem de Miguel de Cervantes.

Também não podemos esperar que isso acabe, como qualquer fenômeno social, o sentimento permanente de batalha nunca vai deixar de existir. Podemos aprender com os bichinhos, nossos iguais, por que não? Aprender que uma batalha que não tem fim extenua agredido, agressor e espectador.

Nós não podemos querer passar para nossos filhos e netos (para quem pôde ter), esse vil legado (pelo menos eu não).
Chega a ser clichê, mas, somos diferentes dos irracionais na racionalidade (#pelamordeDeus), e ao mesmo tempo precisamos ser iguais: há necessidade de disputa? Ok. Disputou? ACABOU. Cada um pro seu canto, bom dia, boa tarde, com licença e obrigado, não faz mal a ninguém, nem pro adversário.

Então, comecemos a viver coisas melhores, quem sabe, não aprendamos a fazer coisas melhores também.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Gedson Alves    |      Imprimir