Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-08-2013

Movimentos sociais distribuem flores a médicos
As vaias e insultos proferidos na última segunda, 26, aos médicos estrangeiros participantes do programa Mais Médicos durante o protesto organizado pelo Simec foram substituídos, na noite de ontem, por flores e canções de apoio.
Movimentos sociais distribuem flores a médicos
Foto: www.panoramabrasil.com.br

Ao término do segundo dia do curso preparatório promovido pelo Ministério da Saúde, um grupo de cerca de 50 pessoas, incluindo militantes de movimentos sociais e de partidos políticos, deu as boas vindas em solidariedade aos profissionais estrangeiros.

"Aquilo (o protesto dos médicos brasileiros) foi um segmento da sociedade. Não foi nem o povo brasileiro, nem o povo cearense. A maioria do nosso povo é muito acolhedor e muito decente. Não podemos receber médicos que vêm de um outro país trabalhar para salvar vidas em um país onde a saúde é tão precária assim", comentou o fundador da Casa de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, Antônio Ibiapino da Silva. Ibiapino classificou o episódio da última segunda como "uma injustiça, uma grosseria e inaceitável. Cuba tem exportado solidariedade. E isso é um sentimento extraordinário", pontuou.

O ato teve início às 18 horas, horário de término das aulas do curso preparatório para médicos estrangeiros. O grupo, que permanecia do lado de fora do prédio, foi convidado a entrar. Dentro do auditório da Escola de Saúde Pública, os manifestantes distribuíram rosas e cantaram músicas em homenagem a Cuba. Os médicos estrangeiros - em sua maioria, cubanos - retribuíram com aplausos e sorrisos. Muitos, emocionados.

O médico cubano Rafael de la Cruz agradeceu o apoio e a acolhida recebida ontem pelos profissionais estrangeiros. "Não nos sentimos mal ontem. Sabíamos que ia acontecer isso, principalmente pela elite médica", contou. O médico ressaltou a experiência dos profissionais cubanos em missões no exterior e na prática da saúde preventiva. "Já nos haviam dito que o povo brasileiro estava esperando pelos médicos cubanos. Viemos aqui, como já fomos a outros países, para atender ao povo do Brasil, que não tem dinheiro e assistência social". (Liana Costa)

Fonte: www.opovo.com.br
 
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