Categoria Economia  Noticia Atualizada em 28-08-2013

Alta do dólar "não tem nada a ver com a economia brasileira", diz Dilma
Para a presidente, valorização da moeda é um processo "internacional". Dilma Rousseff deu entrevista nesta manhã a rádios mineiras.
Alta do dólar
Foto: www.tribunahoje.com

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (28) que a alta do dólar é um processo internacional e que "não tem nada a ver com a economia brasileira". A presidente deu a declaração durante entrevista a rádios de Minas Gerais. Para ela, a causa da valorização da moeda norte-americana está em uma mudança na política econômica dos Estados Unidos, que, segundo a presidente, está deixando de ser "expansionista".

"Esta questão das alterações no dólar, volatilidade do dólar, no caso, é internacionalmente um processos de valorização, não se deve à economia brasileira, não tem nada a ver com a economia brasileira. Tem a ver com o fato de que o banco central americano resolveu mudar a politica deles. Eles iam com uma política expansionista. Para se ter uma ideia, eles colocaram quase 12 a 13 trilhões de dólares no mercado. Eles agora resolveram que é hora de mudar essa política. Tinham o hábito de comprar 85 bilhões em títulos todo mês e disseram paro mercado: "Olha, nós não vamos mais comprar esses 85 bilhões em títulos. Nós vamos começar a reduzir". Só isso provocou em todo mundo, não é só no Brasil, em todos países emergentes e também em alguns desenvolvidos uma violenta desvalorização cambial", afirmou a presidente.

Para a presidente, o país está preparado para lidar com a alta do dólar porque "estamos dentro dos cem países com maior reservas em dólar".
"Tem 372 bilhões de dólares de reserva.

Temos bala na agulha para encarar esse processo que ocorre internacionalmente, que independe da politica monetária."

Dilma também disse que o governo brasileiro deixa o dólar "flutuar", não tem "uma posição dura", e que eventuais ações governamentais no mercado é para evitar oscilações "abruptas".

"Nossa política é de dólar flexível. Não fica defendendo uma posição dura. Deixamos o dólar flutuar. Entramos no mercado para atenuar essas flutuações. Para não deixar que elas sejam abruptas, de forma a suavizar estas alterações."

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir