Categoria Música  Noticia Atualizada em 29-08-2013

Mallu se diz "segura" para Rock in Rio, após "chororô" em festival paulista
Ela adianta repertório de show com Banda Ouro Negro, no Palco Sunset. Cantora comenta falha técnica no Planeta Terra: "Foi meu franco chilique".
Mallu se diz
Foto: g1.globo.com

"Sinto-me capaz de conduzir esse turbilhão de impulsos com imenso desejo de tudo dar certo", afirma Mallu ao G1. Ela canta no dia 20 de setembro no Palco Sunset, ao lado da Banda Ouro Negro, no Rock in Rio 2013. Com 21 anos, ela é a cantora mais nova a fazer show nesta edição do festival. "Acho que minha pouca idade pode trazer essa coragem quase inconsequente para realizar desafios como esse", comenta sobre o encontro com os músicos Mário Adnet e Zé Nogueira. No repertório, estão canções de Moacir Santos, como "Nanã", "April Child" e "Whats my name". "Passei a fazer aulas de canto três vezes na semana, especificamente para cantar tão lindas melodias", afirma.

No Festival Planeta Terra 2012, Mallu chorou no palco ao enfrentar falhas com o som durante sua apresentação. Sobre a ocasião, diz: "o chororô foi meu franco chilique".

Agora, a cantora se diz mais segura e quer dar ao público "o melhor show possível". "Acho que terei calma para driblar situações com gogó já calejado".

G1 – Cantar em um festival grande ou tocar em uma casa de shows mais intimista influencia em sua performance?

Mallu Magalhães – Performance é coisa viva; o ambiente, o público e imprevistos acabam desenhando os contornos do show. Mas, no fundo, sinto-me capaz de conduzir esse turbilhão de impulsos com imenso desejo de tudo dar certo. Sempre fui mais apegada a lugares intimistas. Mas, com o passar do tempo, surgiu em mim essa contradição: o caráter pessoal e atencioso da minha música e o natural anseio por comunicar para mais gente possível.

G1 – Como será o show no Rock in Rio com a Banda Ouro Negro?

Mallu Magalhães – Comecei a me preparar em maio, encontrando com o Mário Adnet, Zé Nogueira e Zé Ricardo [curador do Palco Sunset] em deliciosos jantares ora da Mariza (Adnet) e ora do próprio Zé Nogueira. Logo ficamos amigos e começamos a trocar e-mails e nos encontrar mais. Quando vim para Portugal, já estávamos num bom ponto do projeto; já havíamos concordado em produzirmos uma fusão da Banda com meu trabalho, procurando trazer a identidade do Moacir Santos em todos os arranjos, com músicas de sua autoria e de seu universo. Passei, então, a fazer aulas de canto três vezes na semana, especificamente para cantar tão lindas melodias como "Nanã", "April Child" e "Whats my name". Por internet, tenho muito contato com Mário e discutimos detalhes de cada música da apresentação.

G1 – O Palco Sunset é conhecido por apostar em parcerias, com surpresas e algo novo. Há a chance de o Marcelo Camelo fazer uma participação em seu show ou outros amigos seus?

Mallu Magalhães – Procurei me concentrar nesse encontro com a Banda Ouro Negro, o que já é desafiador e surpreendente à beça! Pode parecer loucura levar uma orquestra de 15 músicos (sem contar minha banda) a tocar canções tidas como alternativas ou distantes do público.

Mas acredito na imensa força do Moacir Santos, e acredito também nas pessoas que vão ao festival.

G1 – Você sabia que é a cantora mais nova que se apresenta nessa edição do Rock in Rio? Você se sente diferente das pessoas mais velhas que estão no festival?

Mallu Magalhães – Acho um tanto engraçado isso ainda acontecer! Achei que com o passar do tempo eu deixaria de ser "a mais nova" da turma! Tenho me dedicado muito para garantir um verdadeiro espetáculo, acho que minha pouca idade pode trazer essa coragem quase inconsequente para realizar desafios como esse.

G1 – Qual show você está ansiosa para ver nesta edição do Rock in Rio? Você vai conseguir curtir outros dias do festival, já que agora está morando em Portugal?

Mallu Magalhães – Certamente irei curtir muito o Rock in Rio, não só o meu dia mas também os outros. Tenho ensaios gerais mas pretendo conciliar tudo com visitas à Cidade do Rock.

G1 – A mudança para outro país poderá ser percebida em sua música? O quanto a música portuguesa te influencia? Você admira bandas como The Gift e a cantora Aurea, por exemplo, que vão se apresentar no Sunset?

Mallu Magalhães – Me parece um pouco cedo para perceber mudanças na música. Tendo crescido viajando, a tocar, me mudando o tempo todo, pude reforçar minha personalidade e aprendi a identificar em qualquer lugar do mundo semelhanças comigo. Admiro muito a Aurea e também The Gift. Já os conhecia das minhas pesquisas na música portuguesa. Além deles, receberemos o Orelha Negra, banda que uso de trilha sonora para minhas corridas à beira do Tejo. Farão parceria com o Renegado, no dia 13.

G1 – No Festival Planeta Terra 2012, você teve um problema com o som, que te fez chorar no palco. O choro teve mesmo a ver com essas falhas técnicas? Caso algo parecido ocorra [esperamos que não], como você acha que vai lidar com a situação?

Mallu Magalhães – Sim, sim, o chororô foi meu franco chilique. Eu havia me preparado tanto, havia cavado em mim enormes buracos em busca de coragem e auto-estima e aqueles problemas técnicos foram apenas a cereja do bolo de um dia surfando numa maré esquisita de acidentes e desafios. As fortes chuvas sempre atrapalham... Mas já cantei no Rock in Rio Lisboa e visitei o backstage do Rio de Janeiro no ano passado, quando o Marcelo tocou.

Constatei que os riscos de problemas são pequenos. Quero dar ao público o melhor show possível. Quero poder poupá-los de interrupções e engasgos da onda. Me sinto mais segura agora e acho que terei calma para driblar situações com gogó já calejado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir