Categoria Geral  Noticia Atualizada em 31-08-2013

Obama decide fazer ataque à Síria, mas quer apoio do Congresso
Avião com inspetores da ONU chegou à Holanda. Ataque com possíveis armas químicas levou a debates diplomáticos.
Obama decide fazer ataque à Síria, mas quer apoio do Congresso
Foto: www.abola.pt

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse em discurso transmitido neste sábado (31) ter convicção de que uma intervenção militar na Síria é necessária, após evidências do uso de armas químicas pelo país, mas afirmou que está buscando apoio do Congresso.

O presidente disse haver conversado com líderes congressistas e que o tema deve ser debatido. "Apesar de acreditar que eu tenha autoridade para realizar [um ataque] sem a autorização do congresso, nosso país vai ser mais forte se nós fizermos [a discussão]", disse.

"Nós estamos preparados para atacar, em qualquer momento que escolhermos", afirmou Obama. "Não vai ser uma intervenção por terra, não vamos colocar nossas botas no chão."
O ataque pode ser realizado "amanhã, daqui uma semana ou daqui um mês", ressaltou Obama, sem especificar quando deve ocorrer a intervenção.

"Estou preparado para tomar essa ordem", afirmou o presidente americano, que enfatizou ser necessário dar uma resposta ao ataque com armas químicas realizado nos arredores de Damasco, que de acordo com o governo americano foi realizado pelas forças de Bashar al-Assad.

Inspetores
O avião com os inspetores da ONU que coletaram amostras e evidências relacionadas a um possível ataque com armas químicas na Síria chegou ao aeroporto de Rotterdam na Holanda neste sábado, disse um porta-voz do aeroporto.

Um porta-voz da Organização para Proibição de Armas Químicas disse que os inspetores iriam retornar à sede do órgão em Haia, e que as amostras que eles levaram serão distribuídas entre diversos laboratórios para testes.

Os especialistas deixaram Beirute, no Líbano, neste sábado (31) em um avião fornecido pelo governo alemão, informou o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha.

Irã
O chefe dos Guardiões da Revolução Islâmica, a força de elite do regime iraniano, lançou um alerta contra uma intervenção militar americana na Síria, afirmando que uma ação como essa provocará reações além das fronteiras desse país.

"O fato de os americanos acreditarem que uma intervenção militar ficará limitada ao interior das fronteiras da Síria é uma ilusão. Ela provocará reações além desse país", declarou o comandante Mohammad Ali Jafari, citado pela agência Isna.

França
A maioria dos franceses não querem que a França faça parte de uma ação militar na Síria e a maioria não confia no presidente francês François Hollande para fazê-lo, mostrou uma pesquisa.

Uma pesquisa da BVA divulgada pelo Le Parisien-Aujourd hui na França, mostrou que 64% dos pesquisados se opõem a uma ação militar, 58% não confiam em Hollande para conduzir a ação, e 35% temem que isso iria "colocar toda a região (do Oriente Médio) em chamas".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir