Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-09-2013

Pernambuco receberá 34 médicos cubanos
Ministro Antonio Padilha fez ontem um balanço do programa federal.
Pernambuco receberá 34 médicos cubanos
Foto: www.panoramabrasil.com.br

Pernambuco irá receber 34 médicos cubanos que irão trabalhar no programa Mais Médicos, do governo federal. Os profissionais irão atuar em unidades básicas de saúde de 22 municípios do Estado. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília, que revelou as localidades onde os primeiros 400 cubanos irão atuar em todo o Brasil. A maioria (91%) será destinada para Estados das regiões Norte e Nordeste.

Padilha apresentou ontem, também, a segunda etapa do programa. Segundo o ministro, foram recebidas 3.016 inscrições, sendo 1.414 de médicos formados no Brasil e 1.602 de profissionais que estudaram no exterior. Irão participar da nova etapa 514 cidades e 25 distritos indígenas. Na primeira fase do programa, mais de 18 mil profissionais se inscreveram, mas apenas 1.096 médicos brasileiros e 282 estrangeiros homologaram a participação.

Levantamento feito pela Agência O Globo apontou que em pelo menos sete Estados, médicos brasileiros inscritos no programa faltaram, desistiram ou não se apresentaram nos locais de trabalho. Segundo Padilha, a quantidade de médicos faltosos e que desistiram justifica o acordo de cooperação internacional firmado com Cuba. Padilha disse que, se houve boicote, foi uma "perversidade inimaginável".

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) informou que ainda não recebeu nenhum pedido de registro provisório dos médicos estrangeiros que irão atuar no programa no Estado. Como os médicos devem atuar a partir do dia 16, prazo dado pelo ministério, a previsão é que os pedidos sejam feitos até a próxima semana.

"Não tivemos acesso ao convênio feito nem com os médicos cubanos nem de outras nacionalidades. Não sabemos que tipo de registro o programa exigirá", disse a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão. Segundo ela, há dois tipos de registro: um para os médicos que desejam exercer a profissão, que teriam que passar pelo Revalida, e outro destinado a profissionais buscando especialização. "Nesse caso, o registro é diferenciado, o carimbo do médico é diferente e ele não pode atuar sem um professor-tutor que o acompanhe integralmente", explicou.

Apesar da medida provisória que criou o programa obrigar os conselhos regionais a emitirem registros provisórios, o Cremepe entrou na Justiça para pedir a anulação dessa decisão, mas perdeu em primeira instância. "Não somos contra a vinda de médicos estrangeiros, queremos apenas comprovar que eles têm qualificação técnica para atender a população. E o meio de se ver isso é com o Revalida."

A Associação Pernambucana de Medicina de Família e Comunidade e os programas de residência médica da UFPE, UPE e Univasf lançaram na segunda-feira (2) uma nota de repúdio sobre a decisão do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), em assembleia no dia 26 de agosto, de denunciar ao Cremepe os médicos Rodrigo Cariri e Paulo Santana coordenadores pedagógicos da capacitação dos estrangeiros em Pernambuco.

"A decisão da assembleia, embora legítima, configura uma perseguição política aos profissionais. Uma sociedade evoluída se caracteriza pelo respeito às diferenças e pela convivência pacífica entre pessoas que pensam diferente, jamais por patrulhamento ideológico com o objetivo de constranger pessoas, de coagi-las a mudar de opinião. A decisão não contribui para o debate ao programa", afirma a nota. O Cremepe não confirmou se o conselho recebeu as denúncias, que são sigilosas.

Fonte: jconline.ne10.uol.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir