Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-09-2013

RS: vereadora que presidiu CPI da Kiss morre em Santa Maria
A vereadora que presidiu a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da C�mara de Vereadores de Santa Maria (RS) que investigou o inc�ndio na Boate Kiss morreu na madrugada desta quinta-feira no Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo da cidade.
RS: vereadora que presidiu CPI da Kiss morre em Santa Maria
Foto: noticias.terra.com.br

Segundo nota de pesar divulgada pelo Legislativo, o vel�rio de Maria de Lourdes Castro (PMDB), 56 anos, ocorre desde as 5h no plen�rio Coronel Valen�a, na C�mara de Vereadores. O sepultamento ser� no Cemit�rio Parque Jardim Santa Rita de C�ssia, �s 17h.

Segundo a assessoria da C�mara, a vereadora sentiu fortes dores no peito e passou mal por volta das 20h30 de quarta. Socorrida ao hospital, Maria de Lourdes morreu �s 0h45 em decorr�ncia de complica��es card�acas. A vereadora deixa o esposo, Adair Cardoso Marques, o filho Rafael, a nora Viviane e a neta, que nasce em outubro. O prefeito Cezar Schirmer (PMDB) decretou luto oficial no munic�pio por tr�s dias.

Inc�ndio na Boate Kiss
Na madrugada do dia 27 de janeiro, um inc�ndio deixou 242 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss come�ou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universit�ria lan�ou um artefato pirot�cnico, que atingiu a espuma altamente inflam�vel do teto da boate.

Com apenas uma porta de entrada e sa�da dispon�vel, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fuma�a t�xica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.

Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi at� a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da regi�o metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helic�pteros da FAB (For�a A�rea Brasileira). O Minist�rio da Sa�de, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande opera��o de atendimento �s v�timas.

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois s�cios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Le�o e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Pol�cia Civil investiga documentos e alvar�s, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscaliza��o da casa noturna.

A trag�dia fez com que v�rias cidades do Pa�s realizassem varreduras em boates contra falhas de seguran�a, e v�rios estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 munic�pios do Rio Grande do Sul cancelaram a programa��o de Carnaval devido ao inc�ndio.

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associa��o dos Pais e Familiares de V�timas e Sobreviventes da Trag�dia da Boate Kiss em Santa Maria. A associa��o foi criada com o objetivo de oferecer amparo psicol�gico a todas as fam�lias, lutar por a��es de fiscaliza��o e mudan�a de leis, acompanhar o inqu�rito policial e n�o deixar a trag�dia cair no esquecimento.

Indiciamentos
Em 22 de mar�o, a Pol�cia Civil indiciou criminalmente 16 pessoas e responsabilizou outras 12 pelas mortes na Boate Kiss. Entre os responsabilizados no �mbito administrativo, estava o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB). A investiga��o policial concluiu que o fogo teve in�cio por volta das 3h do dia 27 de janeiro, no canto superior esquerdo do palco (na vis�o dos frequentadores), por meio de uma fa�sca de fogo de artif�cio (chuva de prata) lan�ada por um integrante da banda Gurizada Fandangueira.

O inqu�rito tamb�m constatou que o extintor de inc�ndio n�o funcionou no momento do in�cio do fogo, que a Boate Kiss apresentava uma s�rie das irregularidades quanto aos alvar�s, que o local estava superlotado e que a espuma utilizada para isolamento ac�stico era inadequada e irregular. Al�m disso, segundo a pol�cia, as grades de conten��o (guarda-corpos) existentes na boate atrapalharam e obstru�ram a sa�da de v�timas, a boate tinha apenas uma porta de entrada e sa�da e n�o havia rotas adequadas e sinalizadas para a sa�da em casos de emerg�ncia - as portas apresentavam unidades de passagem em n�mero inferior ao necess�rio e n�o havia exaust�o de ar adequada, pois as janelas estavam obstru�das.

J� no dia 2 de abril, o Minist�rio P�blico denunciou � Justi�a oito pessoas - quatro por homic�dios dolosos duplamente qualificados e tentativas de homic�dio, e outras quatro por fraude e falso testemunho. A Promotoria apontou como respons�veis diretos pelas mortes os dois s�cios da casa noturna, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, o Kiko, e dois dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Le�o.

Por fraude processual, foram denunciados o major Gerson da Rosa Pereira, chefe do Estado Maior do 4� Comando Regional dos Bombeiros, e o sargento Renan Severo Berleze, que atuava no 4� CRB. Por falso testemunho, o MP denunciou o empres�rio Elton Cristiano Uroda, ex-s�cio da Kiss, e o contador Volmir Astor Panzer, da GP Pneus, empresa da fam�lia de Elissando - este �ltimo n�o havia sido indiciado pela Pol�cia Civil.

Os promotores tamb�m pediram que novas dilig�ncias fossem realizadas para investigar mais profundamente o envolvimento de outras quatro pessoas que haviam sido indiciadas. S�o elas: Miguel Caetano Passini, secret�rio municipal de Mobilidade Urbana; Belloyannes Orengo J�nior, chefe da Fiscaliza��o da secretaria de Mobilidade Urbana; �ngela Aurelia Callegaro, irm� de Kiko; e Marlene Teresinha Callegaro, m�e dele - as duas fazem parte da sociedade da casa noturna.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir