Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-09-2013

Visita de Dilma ao Rio: aplausos para a presidente e vaias para Cabral e Paes
Grupo vaia Cabral, que ironiza: "Apesar do prefeito organizar protestos, estamos investindo aqui".
Visita de Dilma ao Rio: aplausos para a presidente e vaias para Cabral e Paes
Foto: www.jb.com.br

Durante os tr�s compromissos da presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, uma cena se repetiu e chamou a aten��o: os aplausos para a presidente e as vaias para o governador S�rgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. Dilma anunciou o financiamento de R$ 2,5 bilh�es para a implanta��o da Linha 3 do metr�, que vai ligar o munic�pio de S�o Gon�alo a Niter�i. Na solenidade, Cabral foi vaiado intensamente durante o seu discurso e disparou um coment�rio direcionado ao prefeito de S�o Gon�alo, Neilton Mulin: "Apesar de o prefeito de S�o Gon�alo estar organizando protestos contra o governo do Estado, estamos investindo aqui". � tarde, em cerim�nia no Estaleiro Inha�ma, no bairro do Caju, Zona Portu�ria do Rio, mais aplausos para Dilma e fortes vaias para Cabral.

O comportamento do p�blico nos eventos oficiais realizados na cidade nesta quarta (11) comprovam os dados das �ltimas pesquisas, que apontam para o aumento da popularidade da presidente Dilma e sua prefer�ncia frente aos supostos candidatos nas pr�ximas elei��es. No sentido contr�rio, a popularidade de S�rgio Cabral vem despencando com as in�meras manifesta��es na cidade, mas n�o atingiu a imagem da presidente no Estado, mesmo com o apoio entre partidos.

Durante a cerim�nia que marcou o in�cio da opera��o do Terminal de GLP da Petrobras, no estaleiro Inha�ma, Dilma teve que pedir aos oper�rios da estatal para se comportarem, mediante as cont�nuas vaias quando os nomes do governador Cabral e do prefeito Eduardo Paes (PMDB) eram mencionados pela presidente. "Vou pedir que voc�s tenham um comportamento civilizado e educado", solicitou Dilma. Os funcion�rios tamb�m gritavam "Fora, fora", se referindo aos governantes cariocas. J� a presidente foi novamente elogiada e aplaudida e o nome do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva foi festejado, especialmente quando os avan�os na industria naval foram citados no discurso presidencial. Dilma ressaltou que a pol�tica adotada por Lula privilegiou as encomendas da Petrobras.

Na solenidade em S�o Gon�alo, a presidenta Dilma Rousseff assinou, na manh� desta quarta-feira (11), um contrato com o governo do Estado do Rio de financiamento para a implanta��o da Linha 3 do metr�. O governador S�rgio Cabral, que participou do evento, foi vaiado durante seu discurso, e rebateu: "Apesar de o prefeito de S�o Gon�alo estar organizando protestos contra o governo do Estado, estamos investindo aqui", disse, referindo-se a Neilton Mulim, do PR.

Em determinado momento de seu discurso, quando Cabral citou a ex-prefeita Aparecida Panisset referindo-se ao in�cio do projeto da constru��o da linha 3, novamente foi intensamente vaiado. O ex-secret�rio de Obras de S�o Gon�alo e atual deputado estadual, M�rcio Panisset (PDT-RJ), tamb�m foi intensamente vaiado. "Neilton, voc� tem que treinar sua turma para ser mais educada", ironizou Cabral, mais uma vez se referindo ao atual prefeito.

Por sua vez, a presidenta Dilma refor�ou em seu discurso a import�ncia da parceria entre os governos federal, do estado e prefeituras. "Na hora de governar, tem que haver coopera��o. O governo governa, n�o disputa. Independentemente de partido, h� o interesse da popula��o", destacou.

solenidade aconteceu no dia seguinte � aprova��o na Alerj de projeto de lei que veta o uso de m�scaras em manifesta��es. Um grupo com cerca de 10 integrantes ocupou a frente do Clube Mau�, em S�o Gon�alo, onde aconteceu o evento, com faixas de protesto: "O povo tem que continuar usando m�scaras. Quem tem que tirar s�o os corruptos". Um dos manifestantes, vestido de gorila, usou um megafone para gritar palavras de ordem.

O governador S�rgio Cabral ressaltou em seu discurso a import�ncia dos investimentos em S�o Gon�alo, que segundo ele representou 70% total dos votos do estado em favor da sua administra��o, somente no primeiro turno das �ltimas elei��es. Cabral, em meio �s vaias, enumerou os feitos da sua gest�o direcionadas para a regi�o, entre eles as cifras de milh�es investidos em um Posto do Poupa Tempo, mais um bilh�o em rede de �gua e esgoto e o Programa Renda Melhor, que atende a mais de 30 mil fam�lias do munic�pio.

Ao citar a antiga parceria do governo estadual com a ex-prefeita Aparecida Panisset (PDT), que trouxe melhorias para S�o Gon�alo, Cabral foi novamente vaiado e deixou o palanque aos gritos dos manifestantes: "Uni�o, Uni�o, tira o Cabral e o Pez�o".

Mais M�dicos

Durante o evento, Dilma destacou ainda do programa Mais M�dicos, enfatizando a import�ncia de levar profissionais de sa�de aos locais mais carentes. "Em Ipanema e Leblon n�o faltam m�dicos, mas sabemos que aqui falta", disse.

Ela destacou que criou o programa porque ouviu a demanda da popula��o. Em discurso, Dilma disse que � obriga��o de um governo conhecer as necessidades do povo.

"O governo n�o pode ser surdo. Um governo tem de ouvir muito. E, al�m de ouvir, sabemos que o Brasil tem um problema s�rio na �rea da sa�de. Por isso, n�s fizemos o Mais M�dicos", disse a presidenta. Ela foi aplaudida ao final do seu discurso, e deixou o palanque ao som de "Ol�, ol�, ol�, Dilma, Dilma."

Dilma anuncia outras melhorias para o Rio

A presidente Dilma Rousseff abriu o seu discurso enfocando os avan�os do governo federal, como a diminui��o do desequil�brio social e os �ndices de desemprego, que segundo ela s�o passos importantes. "Mas precisamos avan�ar ainda mais, em dire��o a tudo que podemos ser", completou. Dilma elogiou o capacidade que os governos estaduais t�m de atuar em parceria com as suas prefeituras e em sintonia com o governo federal. "No Rio, a parceria foi vitoriosa e mudou a vida da popula��o. O trabalho combinado faz as coisas acontecerem e � o que o governo federal est� fazendo, � o que estamos fazendo aqui, estamos compartilhando com os governadores e prefeitos, porque governo coopera e n�o disputa, como pode naturalmente acontecer durante um per�odo eleitoral. Eu sou presidente de todos", disse Dilma.

Pela primeira vez em S�o Gon�alo, a presidente da Rep�blica lembrou que a visita dela aconteceu �s v�speras do anivers�rio do munic�pio, 22 de setembro, e trouxe para a popula��o um presente significativo: a Linha 3 do metr�. Dilma garantiu que a segunda fase do empreendimento j� � uma realidade e vai chegar at� o Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), localizado a poucos metros do Clube Mau�. A regi�o metropolitana de Niter�i ter� total aten��o do governo federal, segundo Dilma. Ela ressaltou tr�s n�meros que na sua avalia��o representam os investimentos destinados ao local: o tamanho do investimento na fase do projeto, R$2,57 bilh�es, que mostra o seu potencial produtivo; os 22 quil�metros de extens�o da obra, que vai transformar a mobilidade urbana em S�o Gon�alo, permitindo as pessoas que tenham acesso ao transporte de primeiro mundo e as 1,8 mil pessoas que ser�o beneficiadas com o projeto, ganhando mais tempo para ficar com suas fam�lias. "A mobilidade urbana comp�e aqueles cinco pactos que fiz com os governantes, prefeitos, movimentos sociais e com o Congresso", disse.

Al�m da Linha 3, Dilma Rousseff anunciou tamb�m outras mudan�as para a cidade do Rio. O munic�pio de S�o Gon�alo vai ganhar tamb�m o sistema vi�rio, com corredor expresso, o munic�pio de Duque de Caxias ser� beneficiado com um BRT, no trecho Gramacho e Imbari� e um VLT (Ve ligando Santa Cruz da Serra e o Centro e mais a constru��o de corredores expressos para os �nibus. Nova Igua�u tamb�m est� na lista de investimentos e vai receber dois corredores expressos e as obras de conclus�o da sua via expressa, a Via Light, que liga a Baixada Fluminense ao Rio.

Com rela��o � concep��o de transporte no Brasil, Dilma disse que o pa�s "tinha um pensamento muito errado". Nas d�cadas de 80 e 90, existia a teoria nacional de que o pa�s n�o era grande o suficiente para investir em transportes de primeiro mundo, como o metr�, monotrilho, BRT e VLT. "A gente s� tinha �nibus. Estamos correndo atr�s do preju�zo e mudando esse pensamento e aqui em S�o Gon�alo os avan�os devem chegar logo, porque � uma regi�o de alto �ndice populacional e o erro deve ser corrigido logo, antes que fique grande demais", comentou a presidente.

Obras

A Linha 3 do metr� vai ligar as cidades de S�o Gon�alo e Niter�i, na regi�o metropolitana. O projeto custar� mais de R$ 2 bilh�es. A Uni�o dever� arcar com dois ter�os desse total, enquanto o governo fluminense ser� respons�vel pelo restante.

Inicialmente, a linha ter� 14 esta��es distribu�das em 22 quil�metros e que dever�o receber 600 mil passageiros, reduzindo em 40 minutos o tempo de travessia. Em um segundo momento, o trajeto dever� ser estendido at� o munic�pio de Itabora�, onde est� sendo constru�do o Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), um projeto bilion�rio da Petrobras. A nova linha, no sistema monotrilho, tem seu in�cio de obras previsto para dezembro, com termino em tr�s anos.

O prefeito Neilton Mulim destacou que a obra da Linha 3 � um sonho esperado e um marco para a melhoria da mobilidade urbana em S�o Gon�alo. Os investimentos fazem parte do Plano de Mobilidade Urbana do governo federal.

Pelas estimativas da prefeitura de S�o Gon�alo e da Uni�o, cerca de 70% dos usu�rios da linha que vai ligar S�o Gon�alo a Niter�i ter�o como destino o Rio. A esta��o Ararib�ia ser� a maior do sistema e onde ser� feita a integra��o, localizada estrategicamente ao lado do terminal das Barcas de Niter�i. No seu discurso, o prefeito Neilton destacou que esta representar� a maior integra��o intermodal do Brasil, sendo a primeira composta por um terminal aquavi�rio.

As esta��es anunciadas no percurso da Linha 3 do Metr� s�o a Jansen de Melo, Barreto, Neves, Vila Lage, Para�so, Z� Garoto, Mau�, Antonina, Trindade, Alc�ntara e Jardim Catarina.

Fonte: www.jb.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir