Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 14-09-2013

SE VOCÊ ESCONDE ALGO, VOCÊ TEME?
Os Estados Unidos estão liderando a Europa e o restante do mundo em direção a uma nova era de vigilância.
SE VOCÊ ESCONDE ALGO, VOCÊ TEME?

Na esteira dos atentados de
setembro de 2001, os EUA têm produzido tecnologias de segurança que
vão desde a coleta de dados nos aeroportos até sistemas de biometria
para identificar os visitantes que chegam ao país. Essas tecnologias
têm sido exportadas e adotadas ao redor do globo. Entretanto, enquanto
a cultura americana libertária e antigovernamental talvez protegerá
seus cidadãos dos piores excessos da vigilância das autoridades, os
europeus poderão não ter a mesma sorte.

O público britânico, com sua confiança instintiva no governo, tem se
mostrado indiferente diante do avanço da vigilância. Mais preocupado
em se sentir seguro do que estar em segurança, ele não tem reagido aos
relatórios do próprio governo que sugerem que a proliferação de
câmaras de vigilância não teve "efeito sobre os crimes violentos" ou o
terrorismo.

As atitudes européias com relação à privacidade variam muito, mas os
europeus ocidentais tendem a suspeitar menos da autoridade
governamental centralizada do que os americanos. Quando o governo dos
EUA anunciou o programa US-VISIT, que exige que todos os estrangeiros
que chegam ao país sejam fotografados, tenham suas impressões digitais
coletadas e suas informações biométricas incluídas em um banco de
dados, não houve protestos oficiais da França e da Alemanha, pois
ambos os países já estão planejando coletar as impressões digitais de
quem solicitar um visto de entrada. O Brasil, em contraste, retaliou,
impondo a identificação de visitantes americanos.

A deferência maior dos europeus à autoridade governamental levou
países como a Alemanha e a Grã-Bretanha a adotar medidas de vigilância
após 11/9/2001 que, de certa forma, foram além das normas impostas
pelos EUA. Em 2002, por exemplo, a Alemanha aprovou uma lei que
autoriza o governo a criar um banco de dados centralizado com
informações pessoais sobre estrangeiros, incluindo suas impressões
digitais e sua filiação religiosa. A lei também autoriza a inclusão de
dados biométricos, como impressões digitais, nas cédulas de identidade
dos alemães. Além disso, ela apóia explicitamente a coleta de dados em
ampla escala, exigindo que as agências governamentais repassem os
dados pessoais à polícia federal.

Na Grã-Bretanha, onde se é ainda menos desconfiado com a vigilância
governamental do que na Alemanha, devido à experiência diferente com
relação ao fascismo e ao comunismo, o aumento do poder de vigilância
tem sido maior. Leis antiterroristas aprovadas em 2000 e 2001 permitem
que a polícia prenda sem mandato quaisquer pessoas suspeitas de
terrorismo. Elas podem ficar detidas durante 48 horas sem direito à
presença de um advogado. A polícia também pode tirar impressões
digitais, fotografar e procurar sinais característicos no corpo dos
suspeitos sem o consentimento destes. Qualquer estrangeiro suspeito de
terrorismo pode ser detido por tempo indeterminado sem julgamento.
(Newsweek, edição européia)

Cada vez mais os governos ganham experiência na coleta de informações
pessoais e, finalmente, poderão implantar o controle total sobre os
indivíduos.

Quando lemos artigos sobre segurança internacional e combate ao
terrorismo, devemos ter em mente duas palavras: "controle" e
"identificação". Se formos realistas, concluiremos que esses
procedimentos de segurança são praticamente inúteis. Os terroristas
conhecem como eles funcionam e simplesmente procuram por alguma falha
inevitável no esquema para escaparem da identificação.

O terrorismo sempre está um passo à frente, apesar dos governos
prometerem proteção aos cidadãos. Os ataques de 11 de setembro nos EUA
revelaram a completa falha de todo o sistema. Parece que a maioria não
percebe que a tecnologia teve pouca relação com os atos terroristas,
que foram cometidos utilizando estiletes como armas. Tais atentados
poderiam ser repetidos? Terroristas que atenderem a todas as
exigências de segurança podem embarcar num avião e dominar a
tripulação, inutilizando completamente toda a sofisticada tecnologia
implantada em nome da proteção contra atentados.

Portanto, a questão é: qual a verdadeira razão da preocupação global
com a segurança? Ela é cada vez mais destacada para que se cumpram as
profecias bíblicas! Os cidadãos de todos os países estão sendo
educados para se submeterem a esses procedimentos. Realizando-os, os
governos ganham experiência na coleta de informações pessoais e,
finalmente, poderão implantar o controle total sobre os indivíduos.
Não importa a nação em que vivemos e o tipo de governo que temos – no
final das contas se cumprirá o que Apocalipse 13.16 diz sobre a marca
da besta.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Elio Gonçalves    |      Imprimir