Emoção e alegria foram dois dos sentimentos vivenciados pelo público presente na Cidade do Rock, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, na primeira noite do Rock in Rio.
Foto: www.jb.com.br A abertura dos portões, com uma calorosa recepção ao público, foi apenas o início de um dia que ainda prometia muitas surpresas aos fãs deste que é um dos maiores festivais de música do mundo.
Com um show pirotécnico sincronizado com uma orquestra afinada, pouco antes da homenagem "Cazuza: O Poeta está Vivo", a organização do festival apresentou a nova abertura do Rock in Rio, na qual o público é o grande destaque. Em seguida, grandes artistas da música brasileira prestaram sua homenagem ao cantor Cazuza, morto em 1990, vítima de Aids. Ney Mato grosso, Bebel Gilberto, Rogério Flausino, Maria Gadú e Paulo Miklos comandaram um delicioso espetáculo que fez o público delirar, cantar junto e matar a saudade.
Na sequência, Living Colour e Angélique KidJo fizeram a última apresentação do Palco Sunset deste primeiro dia. Sucesso nos anos 80 e 90, os músicos do Living Colour apresentaram as músicas do álbum Vivid, que comemora os 25 anos do grupo. Em sua entrada, a africana Angélique empolgou o público ao cantar um hit bem conhecido dos brasileiros, Mama África.
Presença tarimbada nas edições nacionais e internacionais do Rock in Rio, Ivete Sangalo arrastou a multidão com um repertório que mesclou seus tempos de Banda Eva e sua carreira solo. A baiana também apresentou o single "Dançando", do disco de trabalho Real Fantasia. O momento em que a diva brasileira cantou sua versão para a música Love of My Life, do Queen - relembrando um dos momentos mais marcantes de toda a história do festival, quando Freddie Mercury, hipnotizou a plateia com a mesma canção - foi considerado por muitas pessoas o ponto alto da apresentação. A cantora se emocionou com os gritos da galera, que a nomeava, em coro, como a melhor cantora do Brasil.
A estudante de Direito Vitória Araujo, de 18 anos, veio de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, especialmente para o show da Beyoncé. Ela era uma das pessoas que disputavam a concorrida primeira fila do Palco Mundo, garantindo ali um enorme sorriso de realização. "Já decorei todo o setlist do show e sei que ela vai tocar a minha música preferida, End of Time", disse, animada, enquanto ainda curtia o show de Ivete Sangalo. "Estou aqui há dez horas, mas feliz. O show da Ivete está sendo um super aquecimento, afinal de contas, ela é a Beyoncé brasileira. A energia é incrível!", complementou a jovem, que chegou às 8h da manhã do dia 13 na Cidade do Rock para garantir o melhor lugar. Já Silvana Spindola, de 53 anos, disse que não perde um show de Ivete. "Vim com meu marido e um casal de amigos. Adoramos a homenagem ao Cazuza. E se vale deixar um pedido à organização, para a próxima edição eu gostaria de ver novamente a Shakira, que arrasou em 2011", defende.
O Rock in Rio é um evento para toda a família, a niteroiense Bianca Geni, de 15 anos, afirma que não existe companhia mais animada do que a de Maria Geni. A "super-mãe" marca presença no Rock in Rio desde 1991 e até hoje lembra do memorável show do A-ha, que aconteceu na segunda edição do evento. "Estava ansiosa para curtir com a minha filha os shows da Ivete Sangalo, Beyoncé e David Gueta".
Não foi preciso esperar muito. Às 22h10 o aclamado francês comandou as carrapetas diretamente do Palco Mundo. Foi a primeira vez que um DJ se apresentou no espaço. Bernardo Viana, de 20 anos, veio pela primeira vez ao Rock in Rio especialmente para assistir ao Guetta e ficou emocionado ao ver - e ouvir - música eletrônica neste palco. "Adoro a Eletrônica e nas próximas edições também quero ver outros artistas do gênero no Mundo", disse animado.
E quem pensa que só a garotada curte a música eletrônica, está muito enganado. Para Regina Célia, seus 47 anos não são impeditivos para aproveitar esse ritmo frenético. Fiel ao evento, a advogada vem desde a primeira edição do Rock in Rio, e afirma que desde 2011 festival ganhou muito em qualidade. O motivo é apenas um: "Desde 2011, o final da minha noite é aqui na Eletrônica. É ótimo ver o evento terminar maior pique", relatou.
Encerrando o espetáculo em grande estilo, a americana Beyoncé levou o público da Cidade do Rock ao delírio, chegando a se apresentar em meio a plateia e dançando nada menos do que MC Federado e os Lelekes num estilo funkeira. Em um show com muitas mudanças de figurino e as já famosas coreografias, a artista embalou os fãs, que cantaram em conjunto grandes sucessos como If I Were a Boy, Baby Boy, All The Single Ladies e Helo.
Números do primeiro dia de Rock in Rio começam a ser fechados
• Até as 21h, 75 mil pessoas já haviam entrado na Cidade do Rock;
• 600 atendimentos médicos - por motivos de desidratação e queda de pressão arterial - foram registrados nos sete postos;
• Até às 18h, a Guarda Municipal multou 43 veículos e rebocou outros dois por estacionamento indevido;
• No mesmo período foram apreendidas 91 camisetas falsificadas.
Sobre o Rock in Rio
O Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento do mundo, contando com 12 edições realizadas no Brasil (1985, 1991, 2001 e 2011), Portugal (2004, 2006, 2008, 2010 e 2012) e Espanha (2008, 2010 e 2012). O festival reuniu 6.511.300 de espectadores, que aplaudiram ao vivo, 968 artistas que passaram pelo evento. Foram mais de 980 horas de música, com transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores, em 200 países pela TV e pela internet.
O Rock in Rio também coleciona recordes nas redes sociais, tendo atualmente mais de 9 milhões de seguidores em todo o mundo - o maior na categoria de festivais de música.
Utilizando a música como linguagem universal, que une as pessoas em todo o mundo, o Rock in Rio é um veículo de comunicação de emoções e causas socioambientais. Um de seus pilares de comunicação é o projeto social Por Um Mundo Melhor. Criado em 2001, no Rio de Janeiro, o projeto já beneficiou milhares de pessoas, no Brasil, em Portugal, na Espanha e em diversos outros países, a partir dos investimentos provenientes da venda de ingressos do evento e das ações promovidas com seus parceiros, que somam US$ 16,6 milhões. Entre as ações desenvolvidas estão a plantação de 119 mil árvores; a construção de uma escola na Tanzânia e de um centro de saúde no Maranhão. O Rock in Rio também formou 3.200 jovens no ensino fundamental, no Rio de Janeiro; colocou 760 painéis solares em escolas de Portugal; montou 14 salas sensoriais em ONGs para atender crianças com deficiências mentais e visuais, dentre muitas outras iniciativas. Em 2011, as ações do projeto "Por Um Mundo Melhor" tiveram como mote principal a música como alicerce na formação dos jovens. Através da mobilização da população e de seus parceiros, foram doados 2.200 instrumentos musicais para mais de 150 ONG’s de todo o Brasil que trabalham a música como ferramenta de educação; 10 salas de música instaladas em escolas da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro e formação de 30 professores a partir da metodologia "O Passo"; e 40 jovens foram formados em assistentes de luthier (profissionais especializados na confecção e manutenção de instrumentos musicais).
Além disso, desde 2006, o Rock in Rio se compromete a compensar 100% das emissões de CO2 do evento — processo auditado por uma consultoria externa — e a implementar um amplo plano de gestão de resíduos, além de ter investido num plano de redução de emissões, que incluiu um plano de sustentabilidade para a organização, patrocinadores e fornecedores, o qual é aperfeiçoado a cada edição e utilizado até hoje em todos os países onde é realizado, e um prêmio que pretende distinguir os parceiros com uma atitude mais sustentável no Rock in Rio.
O evento, que chega à 13ª edição, teve início ontem (13) e segue pelos dias 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro de 2013, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, (Parque dos Atletas - Av. Salvador Allende, s/n), uma área de 150 mil m2.
Fonte: www.dm.com.br
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