Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-09-2013

Rússia suspeita que ataque químico na Síria foi provocação, diz chanceler
Lavrov admitiu que França e Rússia têm "enfoques distintos" sobre a crise. Damasco acusa países ocidentais de apoio ao terrorismo na Síria.
Rússia suspeita que ataque químico na Síria foi provocação, diz chanceler
Foto: AFP

A Rússia ainda suspeita que o ataque com gás venenoso em 21 de agosto na Síria foi realizado por forças rebeldes para provocar uma intervenção estrangeira, e acredita que o relatório divulgado pela ONU na segunda-feira (16) não responde a todas as perguntas sobre o ataque, disse nesta terça-feira (17) o chanceler russo, Sergei Lavrov.

O documento sobre a investigação a respeito do ataque nos subúrbios de Damasco confirma que um grande número de pessoas morreu vítima de armas químicas na região de Goutha, na periferia da capital, e que o agente nervoso gás sarin foi usado.

Após conversa com o chanceler francês, Laurent Fabius, Lavrov adotou postura diferente da França e de outros países ocidentais, que culparam as forças do governo sírio pelo ataque. "Temos razões muito sérias para pensar que foi uma provocação", disse Lavrov, segundo a agência France Presse. O chanceler russo admitiu ainda, assim como Fabius, que Rússia e França têm "enfoques distintos" sobre a forma de solucionar a crise na Síria.

Fabius afirmou depois do encontro em Moscou: "Quando você olha para a quantidade utilizada de gás sarin, os vetores, as técnicas por trás do ataque, bem como outros aspectos, parece não haver dúvida de que o regime (Assad) está por trás."

Resposta de Damasco
Em um comunicado do ministério das Relações Exteriores, a Síria acusou nesta terça-feira (17) os países ocidentais de tentativa de impor sua vontade ao povo sírio e de apoio à Frente Al-Nosra, segundo informações da agência France Presse. "Estados Unidos, França e Reino Unido levantaram o véu sobre seu verdadeiro objetivo [...] que é impor sua vontade ao povo sírio", diz a nota, completando que esses países "apoiam os grupos terroristas armados vinculados à Frente Al-Nosra".

"O suposto apoio dos Estados Unidos e de seus aliados a uma solução política à crise na Síria [...] contradiz suas tentativas permanentes [...] de impor suas condições e apoiar grupos que praticam a violência e o terrorismo na Síria", complementa o texto do ministério.

"Bashar al-Assad é o presidente legítimo eleito pelo povo sírio e continuará sendo enquanto o povo sírio assim desejar. O presidente Assad exerce suas prerrogativas de acordo com a Constituição aprovada pelo povo sírio", conclui.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir