Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 20-09-2013

UM SONHO NOS TRÓPICOS
“Hay que endurecer, pero si perder la ternura jamás”.
UM SONHO NOS TRÓPICOS

Ler Joana D’Arck Caetano e Adela Hilda Figueroa no livro "Crônica Fraterna dos Trópicos" só me fez pensar uma palavra: sensibilidade. Produzida pela Editora Cachoeiro Cult, a obra é um cântico universal que parte das raízes mais profundas de sentimentos similares entre duas amigas que vivem em países, culturas e ofícios distintos, mas que se entrelaçam no difícil jeito simples e poético de expressarem-se em crônicas.

Joana, companheira de trincheira, como ela mesma me dedicou seu livro, uma guerreira que não perdeu a ternura mesmo com a experiência e dedicação durante anos de estudos, volta às raízes de quando era comerciária na crônica "O consumo de um sonho". No texto, destaca a desigualdade dos gêneros, pois as mulheres só vendiam os produtos mais baratos, além da humanização no atendimento. Era um sonho vender um jogo de jantar completo de porcelana, mas para sua cliente a fantasia de obter recipientes de alumínio ficou só no pensamento.

Um projeto interessante. As duas parecem usar a mesma caneta. Enquanto a cubana Adela percorre o mundo com sua arte, não se esquece dos excluídos. O mesmo acontece com Joana, brasileira, sindicalista, cronista e ponte das artes entre os povos.

A obra já ganhou notoriedade pelos inúmeros convites para relançamentos e ainda indicações de livrarias para faculdades de Cachoeiro de Itapemirim. Além de ser lançado em um evento cultural numa manhã de domingo em janeiro de 2012, na sala de Adela, em Havana/Cuba, também Bom Jesus de Itabapoana-RJ, em agosto de 2013, teve o prazer de apreciar a as crônicas fraternas.

Recentemente, a atual secretária municipal de Cultura, Joana D’Arck, participou de evento literário no Centro Universitário São Camilo, além disso, o livro está entre os indicados por uma livraria para a Gincana do Estudante na Faculdade de Ciências Contábeis de Cachoeiro de Itapemirim.

A proposta de intercâmbio é levada ao pé da letra pela autora. Em um evento cultural no Liceu Muniz Freire, dia 27/09, às 19h, a apresentação da "Crônica fraterna dos trópicos" é uma das atrações na programação cultural que irá acontecer durante toda a semana.

Termino aqui e deixo para os leitores a dica que encontrei quando "aspiré de nuevo el perfume" da universidade na crônica "Matriz e Filial". Bons tempos eram aqueles no fim dos anos de 1990. Minha turma, Joana, também ficava no segundo andar. Não gostava de fazer trabalhos, e quando os fazia... Preferia sozinho. Não corria o risco de uma filial... Alguns, daquela época, andaram, outros pararam, no entanto, poucos sonharam e esta obra é a realização de um.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir