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Conselho da ONU pode votar nesta sexta resolução sobre a Síria

A votação foi anunciada por Rússia e Estados Unidos, segundo a EFE. Embaixadora dos EUA confirmou o acordo para destravar negociações.
Conselho da ONU pode votar nesta sexta resolução sobre a Síria

Foto: AFP

O Conselho de Segurança das Nações Unidas podem votar nesta sexta-feira (27) uma resolução sobre o desmantelamento do arsenal químico do regime sírio, informou a agência EFE.

Rússia e Estados Unidos anunciaram a votação depois que ambos chegaram a um acordo para destravar as negociações no Conselho e que foi partilhado já com os demais membros do organismo.

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O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse à imprensa que Moscou e Washington apresentaram um texto ao conselho e que a votação será "talvez, amanhã à noite".

Por outro lado, a embaixadora americana, Samantha Power, confirmou o acordo para destravar pela primeira vez as negociações desde que começou o conflito sírio há mais de dois anos e meio.

"Finalmente temos uma minuta de resolução em cima da mesa após duas semanas intensas de negociações diplomáticas", destacou a embaixadora.

Samantha afirmou à imprensa que a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) vai realizar uma votação na sexta-feira e que depois será a vez do conselho.

A embaixadora detalhou que a resolução obrigará o regime sírio a permitir que a Opaq e o CS tenham acesso aos seus arsenais para proceder com sua inspeção e o posterior desmantelamento.

A missão francesa na ONU antecipou através do Twitter que a votação será "muito provavelmente" na sexta-feira pela noite.

Os 15 membros do CS fizeram hoje uma rodada de consultas informais a portas fechadas para tratar do conflito na Síria.

O encontro foi convocado depois que Estados Unidos e Rússia chegaram a um acordo sobre uma minuta de resolução, conforme tinha confirmado o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Já o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, disse que os membros permanentes do CS concordaram com um texto "vinculativo" para eliminar o arsenal químico sírio.

Lyall Grant também se mostrou confiante que este avanço pode ajudar na conquista de progressos para uma resolução negociada do conflito, já que "não pode haver uma solução militar".

Os EUA, com o apoio de França e Reino Unido, propuseram um texto que invocava o Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, o que abriria a porta para sanções e, inclusive, o uso da força.

No entanto, Rússia - tradicional aliada do regime sírio - e China se opuseram a apoiar uma resolução que servisse como justificativa para uma intervenção militar.

No final, se optou por um texto no qual existe a possibilidade de se invocar o Capítulo 7, mas somente após a aprovação de uma nova resolução.

Um funcionário do Departamento de Estado dos EUA afirmou que o acordo é "histórico" porque "deixa absolutamente claro que, se o regime sírio não cumprir seus compromissos, haverá consequências".

Com esta ação, acrescentou, a comunidade internacional será responsável por "supervisionar" o cumprimento por parte das autoridades sírias de seu compromisso de submeter seu arsenal ao controle internacional.

O conflito na Síria está sendo um dos principais temas de discussão nos debates da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Precisamente, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniu ontem com os ministros das Relações Exteriores dos cinco membros permanentes e com poder de veto no CS (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido).

Fonte: g1.globo.com

Por: Maratimba.com | Imprimir