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Cirurgia de Cristina Kirchner teve sucesso, diz governo da Argentina

Presidente fez procedimento para tratar hematoma na cabe�a. Opera��o durou certa de duas horas.
Cirurgia de Cristina Kirchner teve sucesso, diz governo da Argentina

Foto: g1.globo.com

A opera��o pela qual passou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na manh� desta ter�a-feira (8) j� foi encerrada com sucesso, e ela passa bem, segundo o governo.
"A opera��o foi satisfat�ria. Foi muito bem. A presidente est� com um bom �nimo e j� est� em seu quarto", afirmou um porta-voz.

Cristina passou pelo procedimento para tratar um hematoma subdural (ac�mulo de sangue na cabe�a).

A cirurgia come�ou �s 8h18, segundo a presid�ncia argentina. De acordo com o jornal "La Naci�n", a opera��o durou cerca de duas horas.

Cristina foi internada na segunda para ser submetida a exames cardiovasculares pr�-cir�rgicos, ap�s sentir um formigamento no bra�o esquerdo, acrescentaram os m�dicos.
"A presidente apresentou no domingo um formigamento em seu bra�o esquerdo (...) registrando uma transit�ria e leve perda de for�a muscular em seu membro superior. � indicada a interven��o cir�rgica que consiste na retirada do hematoma", indicou a Funda��o Favaloro.

O estado de sa�de da presidente gera preocupa��o e especula��es no pa�s.
A opera��o � simples e de bom progn�stico, disse � AFP o doutor Anders Cohen, chefe de Neurocirurgia do Brooklyn Hospital Center de Nova York.

"� uma interven��o simples, de curta hospitaliza��o, talvez tr�s dias, seguida de um per�odo de reabilita��o. Ela poder� retomar suas atividades em 4 a 6 semanas (...). O progn�stico deve ser muito bom."

O que afeta a presidente � uma das coisas mais comuns com pessoas que sofrem um trauma na cabe�a. "Ocorre regularmente ap�s um acidente", disse.

Kirchner, 60 anos, sofreu em 12 de agosto um traumatismo craniano, ap�s o qual n�o apresentou sintomas, mas no s�bado passado foi detectado um hematoma subdural cr�nico.
"Isto � muito poss�vel, se a veia que se rompeu era muito pequena, o sangue flui muito lentamente e n�o � anormal que ap�s v�rias semanas surja o hematoma", disse Cohen.

"Trata-se de um hematoma que est� entre o c�rebro e o cr�nio. O sangue acumulado faz press�o no c�rebro, ent�o fazemos uma pequena incis�o para abrir uma janela, isto dura cerca de 45 minutos, n�o � um procedimento longo, se remove o sangue e se certifica de que n�o h� atividade sangu�nea no local. Depois se coloca um dreno, algo que o paciente normalmente tolera muito bem", disse.

"� uma cirurgia que se faz h� mais de 100 anos, de procedimento simples, e pode ocorrer com seguran�a em qualquer lugar do mundo."

Elei��es
O hematoma vai manter a presidente, de 60 anos, fora de a��o durante um m�s, faltando apenas tr�s semanas para a elei��o legislativa de meio de mandato, em 27 de outubro, a qual vai determinar quanto poder no Congresso ela ter� nos dois �ltimos anos no governo.
O vice-presidente Amado Boudou antecipou durante o fim de semana o retorno de uma viagem ao Brasil e � Fran�a e assumiu a Presid�ncia.

Segundo o porta-voz presidencial, o estado da presidente pode ser resultado de uma queda sofrida em agosto, embora na ocasi�o ela tenha sido liberada pelos m�dicos.
Cristina, conhecida por acompanhar de perto o trabalho de seu gabinete, pode ter dificuldades para se manter distante durante um per�odo politicamente sens�vel para a Argentina, a terceira maior economia da Am�rica Latina.

Al�m disso, o seu governo est� no auge de uma batalha em tribunais dos Estados Unidos sobre a crise do calote da d�vida argentina, um caso do qual ela gosta de falar publicamente.

Pesquisas recentes indicaram que o governo pode perder o controle do Congresso na elei��o de meio de mandato, um resultado que tiraria de Cristina a oportunidade de fazer uma reforma constitucional que lhe permitiria disputar um terceiro mandato em 2015.

Reeleita em 2011 com base na promessa de elevar o papel do governo na economia, a presidente tem dito que n�o pensa em um terceiro mandato. Mas persistem as especula��es de que seus partid�rios querem emendar a Constitui��o para que ela possa concorrer novamente.
Cristina foi eleita pela primeira vez em 2007, quando a Argentina se recuperava do catastr�fico calote da d�vida em 2002.

Suas pol�ticas comerciais protecionistas, controles cambiais e de nacionaliza��o das principais companhias a�rea e de petr�leo e do sistema de previd�ncia privada mantiveram a Argentina como um p�ria dos mercados internacionais.

Fonte: g1.globo.com

Por: Maratimba.com | Imprimir