PM aparece pegando uma pedra no chão após detenção de manifestante.
Polícia Militar informou que está analisando todas as imagens.
Foto: g1.globo.com Um novo vídeo postado na internet mostra um suposto flagrante forjado durante o protesto dos professores, realizado no Centro do Rio, na terça-feira (15). Nas imagens, um policial militar detém um jovem, enquanto um outro PM pega uma pedra no chão e é acusado — por outros manifestantes que estão no local —, de querer colocá-la dentro da mochila do jovem. (Confira o vídeo Youtube).
Este não é o primeiro caso de suspeita de flagrante forjado durante uma manifestação. No dia 1º de outubro, um caso parecido teve repercussão nas redes socais. O vídeo mostra um rapaz de camisa preta correndo e um policial atrás segurando um morteiro. No entanto, o jovem é detido suspeito de estar com os explosivos. Os policiais foram afastados das manifestações.
Imagens analisadas
Ainda no dia do protesto dos docentes, PMs foram flagrados dando tiros para o alto durante o ato com o que parecem ser pistolas. Os disparos suspeitos foram registrados na Glória e na Cinelândia, na região central do Rio, nas proximidades de onde terminou a manifestação. Os flagrantes foram feitos pelo "Jornal A Nova Democracia" e pelo coletivo "Das Lutas".
Além destes policiais, outros três homens também aparecem em uma outra imagem atirando durante o ato. Procurada pelo G1, a assessoria da Polícia Militar informou através de nota que está analisando todas as imagens com o objetivo de identificar esses policiais e abrir uma sindicância para avaliar a conduta deles.
O confronto e presos
De acordo com o Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe), que marcou a passeata para o Dia dos Professores (15), quando o confronto começou, os docentes já haviam se dispersado. O tumulto se iniciou cerca de 45 minutos depois do ato. Por volta das 20h15, a região foi tomada pela fumaça das bombas lançadas por PMs e por morteiros disparados pelos vândalos.
Após a ação, 64 pessoas foram presas após o protesto. Apenas Renato Tomaz de Aquino havia sido libertado até as 13h desta quinta-feira (17), segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
A Polícia Civil ainda autuou 43 pessoas no crime de formação de quadrilha que, de acordo com a alteração da legislação, se enquadram na Lei do Crime Organizado. Ao todo, 190 pessoas foram conduzidas para oito delegacias da capital, sendo 57 menores de idade. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), o número de detidos passou de 200.
Fonte: g1.globo.com
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