Categoria Policia  Noticia Atualizada em 17-10-2013

Presos após protesto de professores no Rio ganham liberdade, diz Seap
Até as 16h40, três haviam sido liberados, segundo a Seap. Outras 61 pessoas permaneciam presas até as 13h desta quinta-feira (17).
Presos após protesto de professores no Rio ganham liberdade, diz Seap
Foto: g1.globo.com

Dos 64 presos após o protesto dos professores, realizado no Centro do Rio, na terça-feira (15), três haviam sido libertados até as 16h40 desta quinta-feira (17), segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Renato Tomaz de Aquino e Ciro Brito Oiticica foram autuados por formação de quadrilha ou bando. O terceiro solto, Gerd Augusto Castelloes Dudenhoeffer, responderá pelo mesmo crime, além de dano ao patrimônio público, roubo e incêndio.

Outras 61 pessoas permaneciam presas. Os homens foram encaminhados para Cadeia Pública Juiza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. As mulheres, para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, em Bangu, Zona Oeste.
Segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, os três foram soltos depois que o juiz de plantão entendeu que eles poderiam responder o processo em liberdade, já que apresentaram documentos que comprovam residência fixa e ocupação lícita. A Defensoria disse também que vai entrar com o pedido de Habeas Corpus para o relaxamento da prisão e subsidiariamente a revogação da prisão preventiva em prol dos 62 presos, mesmo daqueles que não estão sendo defendidos pela Defensoria.

A Polícia Civil autuou 43 pessoas no crime de formação de quadrilha que, de acordo com a alteração da legislação, se enquadram na Lei do Crime Organizado. Ao todo, 190 pessoas foram conduzidas para oito delegacias da capital, sendo 57 menores de idade. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), o número de detidos passou de 200.

Na quarta-feira (17), a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, falou sobre a atuação do grupo de mascarados nas manifestações. "Algumas pessoas e organizações se defendem emprestando sua identidade aos black blocs", disse.

Bolas de fezes
Durante a manifestação foram apreendidas facas, canivetes, estilingues, bolas de gude, esferas de aço, um estilete, um tchaco, uma lâmina de serra, máscaras e escudos. Bolas de festa cheias de fezes também foram encontradas.

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, também contou que um grande esforço é feito para que sejam punidos os responsáveis pelas depredações ocorridas durante e após protestos na capital fluminense.

"Quando você tem um movimento caótico, não há que se falar se está, ou não, preparado. É claro que nós temos que estar sempre nos preparando, cada vez mais, mas se tem um movimento caótico, que assumiu uma dimensão, onde queimaram uma viatura do estado, onde queimaram um microônibus do estado, o que nós temos que fazer é punir essas pessoas e esse é o esforço técnico que a Polícia Civil vem fazendo no sentido de enquadrar essas pessoas, buscar o enquadramento técnico que o Judiciário aceite e verdadeiramente punir essas pessoas", declarou Beltrame.

O confronto
De acordo com o Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe), que marcou a passeata para o Dia dos Professores (15), quando o confronto começou, os docentes já haviam se dispersado. O tumulto se iniciou cerca de 45 minutos depois do ato. Por volta das 20h15, a região foi tomada pela fumaça das bombas lançadas por PMs e por morteiros disparados pelos vândalos.

Os mascarados jogavam pedras na direção dos policiais. Um carro da Polícia Militar foi incendiado no bairro da Glória, vizinho ao Centro. A PM não informou quantos homens do efetivo atuavam na região durante o protesto e no tumulto. Em diversos momentos, os mascarados vaiavam os policiais.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir