Categoria Autom�veis  Noticia Atualizada em 07-11-2013

Apaixonado por carros antigos se divide entre Opala e Santa Matilde
Leitor comprou a Santa Matilde de 1981 ap�s Opala ser levado pelo irm�o. "Trocaria com d� no cora��o, a paix�o pelo Opala ainda � maior", confessa.
Apaixonado por carros antigos se divide entre Opala e Santa Matilde
Foto: g1.globo.com

Comprada em 2008, a Santa Matilde 4.1 laranja do ano 1981 � motivo de orgulho para o analista de sistemas Marcelo de Camargo Figueiredo, de 32 anos, de Bras�lia (DF). "Chama muita aten��o, at� por causa da cor", diz ele. Por�m, o carro n�o � a paix�o definitiva de Marcelo, que confessa que a trocaria, ainda que "com d� no cora��o", por outro. "A paix�o pelo Opala ainda � maior", admite.

O Opala � prefer�ncia de fam�lia. O pai de Marcelo, Henrique, tem 64 anos e j� teve pelo menos oito modelos, fabricados entre 1974 e 1991. "Desde pequenos, meu irm�o e eu aprendemos a admirar e adorar os Opalas", conta Marcelo, se referindo ao irm�o mais velho, Marcus Vinicius, de 37 anos.
O cuidado de Henrique com seus carros era tanto que, quando o filho mais velho fez 18 anos, em 1995, ele preferiu desfazer-se de seu modelo branco de 1979 a colocar o autom�vel em alguma situa��o que ele achasse arriscada. "Meu irm�o mais velho fez 18 e ele vendeu com medo de a gente fazer alguma besteira", lembra Marcelo.

Mas a garagem sem Opala n�o durou muito tempo. Em 1997, Henrique comprou um modelo Diplomata de 1990. No entanto, seu irm�o se envolveu em um acidente e o carro acabou destru�do j� no ano seguinte.
"Em 2006, vimos que seria imposs�vel olhar na garagem e n�o ter um Opala para admirar", relata Marcelo. "Fomos ao Rio de Janeiro buscar um Opala 1978, de 4 portas, modelo DeLuxe, marrom", descreve. "Colocamos rodas cromadas aro 20 e escapamento dimensionado 6x2 direto para mostrar todo o vigor do motor 6cc 4.100 da �poca."
At� que, em 2008, Marcus, que era um dos donos do carro, decidiu se casar. Assim como seu pai fizera anos antes, Marcelo preferiu ver-se longe do carro do que coloc�-lo em "risco". "Os cachorros estavam estragando as rodas em casa. Ent�o, meu irm�o levou para a casa dele depois de se casar. Ap�s o casamento o Opala acabou indo junto", conta.

Come�ou ent�o a busca de Marcelo por um novo Opala para chamar de seu. Procurou algum modelo que se equiparasse ao 1978 DeLuxe. Sem sucesso. At� que encontrou um ve�culo de outra marca que pudesse substitui-lo. "Eu n�o tinha achado um Opala que fosse do nosso agrado. Apareceu a oportunidade da Santa Matilde que acabei encontrando em uma viagem para Petr�polis (RJ)", conta ele sobre a compra. "Assim como no Opala, coloquei rodas cromadas aro 20 e escapamento dimensionado 6x2."
Adquirir a Santa Matilde, no entanto, n�o foi um processo t�o simples. Marcelo estava em seu �ltimo dia de f�rias em Petr�polis com o pai, e viu o carro por acaso em uma loja de ve�culos antigos. "Na hora que eu bati o olho, eu disse: vai dar confus�o l� em casa, mais um carro antigo", conta Marcelo. Henrique deu apoio ao filho, mas com uma ressalva. "Ele disse: �comprar, a gente compra, mas levar para Bras�lia em um dia � problema seu�."

Marcelo conta que n�o era poss�vel levar o carro de um estado ao outro dirigindo. "Estava sem cinto de seguran�a, e tamb�m ia acabar estragando a pintura. Achei mais seguro mandar de cegonha", diz. "Sa� correndo atr�s de uma lan house para procurar transporte, comecei a ligar para amigos que me dessem uma luz, tudo isso em um dia. Foi tudo uma correria s�."
Em fam�lia
No final, deu tudo certo com o transporte em um reboque, mas Marcelo precisou acalmar sua m�e na chegada a Bras�lia. "Ela ficou louca, a gente j� tinha uma Bras�lia 1980. Ela disse: �n�o acredito que voc�s v�o botar mais um carro parado na minha garagem�", lembra ele.
A Santa Matilde fica na casa de Marcelo e o Opala, na de Marcus. De vez em quando, Marcelo faz uma visita ao carro na casa do irm�o, e os dois tamb�m costumam sair juntos com os dois ve�culos. "Por onde passa vira atra��o quando andamos juntos de Opala e Santa", alegra-se o leitor.
A fam�lia continua compartilhando a paix�o por carros de �poca � e at� incluindo um deles em momentos importantes. O Opala 78 j� marcou presen�a em 4 casamentos. O primeiro foi o de Marcus, que em seguida o emprestou para a irm� e as noivas de um primo e de um cunhado chegarem � igreja com estilo. No s�bado (8), outra cunhada ir� utiliz�-lo para esse fim. J� a Santa Matilde, segundo Marcelo, n�o � usada em casamentos por ser "pequena". Mas, quanto aos empr�stimos do Opala, ele faz uma ressalva: h� restri��o quanto � pessoa que conduz a noiva at� a igreja. "O ci�me � grande. S� quem dirige o carro somos eu, meu pai e meu irm�o!"

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir