Categoria Televisão  Noticia Atualizada em 09-11-2013

Famílias vizinhas a prédio que pegou fogo passam noite em hotéis
Defesa Civil faz plantão neste fim de semana em frente a prédios no Centro. Moradores foram neste sábado (9) buscar documentos e objetos de valor.
Famílias vizinhas a prédio que pegou fogo passam noite em hotéis
Foto: g1.globo.com

Moradores do prédio vizinho à academia que pegou fogo na madrugada desta sexta-feira (8), na Rua do Boticário, esquina com a Avenida Ipiranga, passaram a madrugada de sábado em hotéis no Centro de São Paulo.
O edifício residencial, que tem 25 andares e 145 apartamentos, segue interditado depois de ser afetado pela fumaça e pelo calor provocado pelas chamas. Parte da estrutura hidráulica e elétrica dos apartamentos está comprometida e, por isso, as 146 famílias devem ficar fora dos apartamentos até a regularização.
A Defesa Civil ficará de plantão na porta dos dois prédios neste sábado (9) e domingo (10), ao longo do dia, para acompanhar os moradores que precisam pegar roupas, documentos e outros objetos de valor. Algumas pessoas, porém, disseram que ao entrar nos apartamentos, deram falta de alguns objetos. Na segunda-feira (11), um engenheiro da Prefeitura avaliará os danos à estrutura para saber o que precisa ser feito para que os edifícios sejam liberados.
O fogo, que deixou pelo menos 30 pessoas feridas, começou por volta da 1h desta sexta-feira (8) e as chamas atingiram primeiro o segundo pavimento do edifício, inaugurado havia uma semana, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Segundo a Prefeitura, a unidade da academia Smart Fit estava irregular e não tinha alvará de funcionamento. O Corpo de Bombeiros diz também que o prédio comecial onde ela funcionava não tinha auto de vistoria e já tinha sido notificado para ser regularizado.
No entanto, além do proprietário da academia, o Ministério Público de São Paulo disse que também irá responsabilizar a Prefeitura de São Paulo pelo ocorrido, já que o local funcionava sem alvará.
De acordo com a Prefeitura, o prédio tem um pedido de Auto de Verificação de Segurança (AVS) feito em 2011 em análise, sendo que o último foi emitido em 2000. Ainda segundo a Prefeitura, o AVS é exigido para edificações construídas antes de 1992 e não tem prazo de validade, pois se refere a questões estruturais.
O documento é diferente da vistoria dos Bombeiros, que avalia equipamentos e outros itens. De acordo com o tenente coronel Walmir Correia Leite, o prédio comecial precisava de adequações no sistema de proteção contra incêndios. Além da academia, funcionam no local escritórios de empresas.
O comandante do Corpo de Bombeiros Metropolitano, coronel Roberto Rensi Cunha, também afirmou que o prédio comercial onde funciona a academia recebeu comunicado em 29 de março para modificar o projeto de uso do edifício, "principalmente pela mudança de ocupação". "O que antes era um cinema passou a ser um prédio de escritório com academia e nós determinamos que o projeto fosse substituído, o que até agora não foi atendido", disse Cunha.
A direção academia Smart Fit informou, por meio de nota, que pediu a licença de funcionamento, mas que ela segue tramitando. "O pedido de Licença de Funcionamento foi protocolado por meio do SLEA – Sistema de Licenciamento Eletrônicos de Atividades – e está seguindo sua tramitação normal. Com o incêndio do qual foi vitima a Smart Fit da República permanecerá fechada até determinação das autoridades e neste período os alunos poderão frequentar outras unidades do grupo", diz o texto.
A academia informou ainda que "todo o projeto e construção da unidade Smart Fit República foram realizados seguindo as normas e procedimentos das autoridades. Cumprindo exigências do Corpo de Bombeiros, as instalações recém-inauguradas, estavam devidamente equipadas com sistema de incêndio, incluindo alarmes, hidrantes, iluminação e extintores. Em relação ao Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), sua emissão está a cargo do proprietário do imóvel, que compreende também o edifício comercial adjacente".
Para a direção da academia, o incêndio começou em algum andar superior. "A academia estava fechada, não havia ninguém no seu interior e todos os equipamentos estavam desligados", diz a nota. A Smart Fit estima prejuízo de R$ 4 milhões.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir