Categoria Geral  Noticia Atualizada em 23-12-2013

"Nascemos de novo", diz sobrevivente de acidente de ônibus na Régis
Marido e filho estão internados em hospital de Itapecerica da Serra. Dezesseis pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas em acidente.

Foto: g1.globo.com

A montadora de produção Patricia Maria da Silva, de 36 anos, uma das vítimas do acidente de ônibus que deixou 16 mortos na Rodovia Régis Bittencourt, em São Lourenço da Serra, na madrugada de domingo (22), diz que "nasceu novamente". Ela saiu de Curitiba (PR) e ia passar as festas de fim de ano no Rio de Janeiro, acompanhada pelo marido e dois filhos.

"Nascemos de novo. Esse Natal que vem aí, se Deus quiser, é aniversário para todos nós da minha casa porque não foi fácil. Até agora, eu fecho os olhos e eu vejo o pessoal gritando, criança chorando", conta emocionada a vítima, que levou pontos na perna. Com o olho inchado e ferimentos pelo corpo, provocados pelo impacto da batida, Patricia precisou do auxílio de uma cadeira de rodas para visitar na manhã desta segunda-feira (23) o marido e um filho que estão internados no Hospital Geral de Itapecerica da Serra.

Ela recebeu alta nesta manhã do Hospital de Pirajussara, na Grande São Paulo. Segundo a vítima, seu marido Jurandir Waldomiro Santos, de 43 anos, está em observação com um coágulo na cabeça e duas costelas quebradas. Seu filho Rodrigo dos Santos, de 18 anos, passou por uma cirurgia, pois perdeu parte do pé esquerdo, está com fratura na coxa e com pinos na perna. O jovem está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado estável.

"Foi tudo tão rápido. Eu fechei os olhos para dormir, quando eu senti aquele impacto, a gente batendo de tudo quanto é lado. Eu fui arremessada para fora e a um palmo da minha cabeça tinha um fio de alta tensão, estava chovendo. Meu filho e meu marido tomaram choques e acharam que iam morrer", relata sobre os momentos do acidente. "É horrível ver a morte de perto", completa. A vítima relata que precisou se segurar em um galho para não rolar pela ribanceira.

Patricia também disse acreditar que o cinto de segurança da empresa falhou. "Eu estava com cinto, porém não estava travando. Porque, se tivesse em total segurança o cinto, eu não tinha sido arremessada para fora", afirma ela.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir