Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-12-2013

Tarso Genro fala sobre maconha, aponta erros no Daer e elogia EGR
Em entrevista ao G1, governador do RS fez balan�o de tr�s anos de gest�o. Programa RS Mais Igual foi uma grande estrat�gia de governo, diz Tarso.
Tarso Genro fala sobre maconha, aponta erros no Daer e elogia EGR
Foto: g1.globo.com

Tr�s anos de governo e um 2014 decisivo pela frente. Antes de fechar 2013, o chefe do Pal�cio Piratini concedeu entrevista ao G1 e avaliou erros e acertos como governador do Rio Grande do Sul. Tarso Genro, ex-ministro da Justi�a, afirma que seu maior equ�voco nesse per�odo foi n�o ter determinado um "pente-fino" nos contratos rodovi�rios do Departamento Aut�nomo de Estradas de Rodagem (Daer). Em contrapartida, elege o programa RS Mais Igual como o principal feito de sua gest�o. Tarso tamb�m garante que vai observar de perto a lei que regulamentou a distribui��o e o cultivo de maconha no Uruguai, pa�s que faz fronteira com o RS.
Amigo do presidente Pepe Mujica, o governador n�o teme que a medida afete os limites da Federa��o e traga reflexos negativos para o Brasil. Tarso Genro diz estar de cabe�a aberta para os efeitos da nova lei em solo uruguaio. Segundo ele, a maconha � uma "droga leve" e o consumo � considerado "um h�bito social da classe m�dia".
"O tr�nsito de drogas na fronteira tem sido combatido, acredito que n�o v� influenciar em nada. N�o falta maconha no Rio Grande do Sul. Nem aqui, nem em nenhum outro lugar do mundo. As pessoas pensam na maconha de uma forma tranquila. Hoje o consumo � considerado um h�bito social da classe m�dia e a quest�o n�o est� no tr�nsito da droga, mas na clandestinidade. A maconha � uma droga leve", opina.
"Acho que esta experi�ncia do Uruguai vai nos ajudar a saber se � uma medida efetiva ou n�o. Precisamos observar com muita tranquilidade e verificar se � uma coisa boa a ser adotada por todos os pa�ses. N�o sou usu�rio, nem defendo o consumo. Acho que a maconha faz mal para a sa�de. Tamb�m n�o sou contra a legaliza��o, mas a favor da descriminaliza��o do usu�rio, tratando isto como uma quest�o de sa�de p�blica e n�o uma quest�o penal", sustenta. "Sou a favor de um combate frontal, pesado, ao tr�fico de drogas. Provoca viol�ncia, corrup��o. Agora, se o tr�fico diminuir no Uruguai, com certeza, � uma medida que pode beneficiar a todos", diz.
Entre as principais decis�es tomadas ao longo desses tr�s anos, Tarso admite que a cria��o da Empresa Ga�cha de Rodovias (EGR) foi uma severa mudan�a pol�tica para o estado. Desde o governo de Ant�nio Britto (1998), quando os ped�gios foram institu�dos, n�o houve nenhuma altera��o significativa. Por�m, um ano ap�s ter obtido na Justi�a o direito de assumir oito pra�as de ped�gio, a EGR ainda abre espa�o para contesta��es. Protestos de moradores, falta de guinchos e estradas esburacadas est�o entre os principais problemas.
"Acho que a EGR conseguiu cumprir satisfatoriamente sua proposta. Agora est� se aperfei�oando. Ocorre que esses buracos j� existiam antes. Fomos herdeiros de um ramal de estrada que est� muito mal cuidado. Estamos recuperando", diz o governador. "Temos de compreender que esta quest�o dos ped�gios � um esquema de poder pol�tico. Uma grande articula��o que veio do governo Brito, que passou aos governos que o sucederam. Envolvia empresas concession�rias, apoio pol�tico, interesses econ�micos. Vamos manter a EGR com ped�gios 30% mais baratos e com um servi�o melhor."
Tarso cita ainda tr�s exemplos favor�veis � institui��o da EGR. "Rebaixamos o valor dos ped�gios. A comunidade est� gratificada, teve um impacto significativo na economia do estado. Acabamos com o polo de Farroupilha, na Serra. E estamos devolvendo para uso livre da popula��o um conjunto de estradas que estava em poder do governo federal, que caiu com as decis�es que tomamos. Ent�o foi uma medida acertada. Temos, sim, problemas a resolver, mas n�o tenho a menor d�vida de que esta pol�tica foi correta", defende.
Em rela��o aos erros de governo, Tarso foi enf�tico e elegeu os contratos do Daer como principal problema nos �ltimos tr�s anos. "Todo governo comete erros. Acho que dever�amos ter revisado os contratos do Daer. E isto n�o foi feito. Naquele momento, t�nhamos um secret�rio que entendia que os contratos deveriam ser mantidos. Estou convencido de que se tiv�ssemos feito naquela �poca o que fizemos agora, estar�amos muito mais avan�ados. Acho que poder�amos ter feito diferente. O erro foi n�o ter realizado imediatamente as revis�es contratuais que o Daer necessitava", ressalta o governador. "Acho que o programa RS Mais Igual, que j� tirou 62 mil fam�lias da mis�ria absoluta, pode ser considerado um acerto, uma grande estrat�gia do nosso governo", acrescenta.
Questionado sobre a nova lei de preven��o contra inc�ndios no Rio Grande do Sul, sancionada na quinta-feira (26), Tarso afirma que a fiscaliza��o deve ser amparada pela consci�ncia social para evitar futuras trag�dias, como a da boate Kiss, em Santa Maria. "Temos de saber que, por mais que se aperfei�oem as t�cnicas de controle, se n�o tivermos consci�ncia da sociedade e dos pr�prios empres�rios, n�o conseguiremos avan�ar. A preocupa��o tem de ser compartilhada por todos", completa.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir