Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-04-2014

Sul-coreanos veem no Brasil atalho para mundial de "League of Legends"
Jogadores estrangeiros s�o contratados por equipe brasileira do game. Expoente de esporte eletr�nico, Coreia do Sul tem disputas mais acirradas.
Sul-coreanos veem no Brasil atalho para mundial de
Foto: g1.globo.com

Desde fevereiro, dois jogadores sul-coreanos do game "League of Legends" est�o treinando com a equipe brasileira KeyD Stars, em S�o Paulo. A vinda de estrangeiros ao pa�s para isso n�o � in�dita, mas al�m de trazer a experi�ncia do maior polo de esporte eletr�nico do mundo, An "SuNo" Sun-ho, 19 anos, e Park "Winged" TaeJin, 23, veem no Brasil um atalho para chegar ao torneio mundial da categoria, que em 2013 pagou US$ 1 milh�o (R$ 2,3 milh�es) ao time vencedor. Assista ao v�deo acima.

A disputa competitiva em games como "Starcraft II", "Counter-Strike" e "League of Legends" � paix�o nacional sul-coreana, com transmiss�o de partidas em canais abertos de TV. Isso torna os torneios bem acirrados, como conta Renan Philip, 19 anos, empres�rio da KeyD e respons�vel pela contrata��o dos sul-coreanos.

"As oportunidades l� s�o mais dif�ceis. Para conquistar qualquer tipo de vaga para o mundial, ou at� ganhar o campeonato sul-coreano, � complicado", diz Philip. "O Brasil hoje n�o est� nesse n�vel, ent�o eles viram aqui um caminho mais seguro e tranquilo para chegar ao mundial, que � nosso objetivo", explica.

A "importa��o" de "SuNo" e "Winged", no entanto, n�o � uma quest�o apenas de nobreza desportiva. Cada sul-coreano receber� da KeyD US$ 1 mil (R$ 2,3 mil) mensais at� o final de 2014, quando terminam seus contratos. A equipe fornece a estrutura para que eles ganhem com transmiss�es de partidas pela plataforma on-line de streaming Twitch.
Mundial "em casa"

No Brasil, a estrada para o mundial come�a nas classificat�rias para o campeonato brasileiro de "League of Legends", conquistado pela equipe Pain Gaming no ano passado. Uma vit�ria no torneio nacional garante vaga nas eliminat�rias internacionais durante a feira Gamescom, na Alemanha. A disputa re�ne equipes de regi�es sem ligas oficiais e leva o primeiro colocado ao mundial, que em 2014 ser� disputado na Coreia do Sul.

"SuNo", que j� jogou e treinou nos Estados Unidos, acredita que ele pode melhorar o desempenho dos brasileiros. "Trago uma experi�ncia que pode ajudar. O jeito como me conhecem, me observam e veem como sou tamb�m contam", comenta.

Por conta da dupla n�o falar ingl�s fluentemente, as primeiras semanas de treinos t�m sido de adapta��o. Quem acompanha uma partida da KeyD chega a ouvir tr�s idiomas ao mesmo tempo, o que acaba ficando engra�ado e traz novos desafios ao entrosamento da equipe.

"No come�o, tudo que a gente ouvia dos sul-coreanos era "ok"", diz Matheus "Mylon" Borges, de 17 anos. "Quando voc� come�a a jogar um jogo que requer concentra��o, e tem que pensar em outra l�ngua que n�o est� acostumado, � dif�cil. Por isso que na primeira semana foi extremamente complicado para eles jogarem. Eles n�o conseguiam se concentrar no jogo enquanto falavam com a gente".

Apesar de o ciberatletismo ainda n�o ser regulamentado no Brasil, a vinda dos sul-coreanos � um exemplo da profissionaliza��o dos eSports no pa�s. A contrata��o lembra casos de "nacionaliza��o" em outros esportes. Os jogadores Deco, Liedson e mais recentemente Diego Costa viram na naturaliza��o pelas sele��es de futebol portuguesa e espanhola, respectivamente, uma forma de garantir presen�a na Copa do Mundo. Por outro lado, o t�cnico dinamarqu�s de handebol Morten Soubak foi contratado em 2009 para comandar a sele��o brasileira feminina, projeto que culminou na conquista do mundial em 2013.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir