Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-04-2014

Suspeito de esfaquear em escola dos EUA será julgado como adulto
Alex Hribal, de 16 anos, foi preso sem direito a fiança. Suspeito recebeu 4 acusações de tentativa de homicídio e 21 de agressão.
Suspeito de esfaquear em escola dos EUA será julgado como adulto
Foto: g1.globo.com

Suspeito de esfaquear estudantes da Franklin Regional High School, no estado da Pensilvânia, na manhã desta quarta-feira (9), Alex Hribal, de 16 anos, recebeu 4 acusações de tentativa de homicídio e 21 de agressão. Hribal foi preso sem direito a fiança e, segundo as autoridades, deverá responder como adulto pelos crimes de que é acusado.

Hribal é suspeito de ferir colegas e um vigia com "múltiplas facadas" em um ataque à escola da cidade de Murrysville. Na tarde desta quarta, autoridades divulgaram mais duas pessoas feridas. No total, 21 estudantes e um adulto foram machucados. Pelo menos cinco estudantes ficaram gravemente feridos, incluindo um menino que teve o fígado perfurado por facada a poucos milímetros de seu coração, segundo os médicos.

Segundo o chefe da polícia Tom Seefeld, o suspeito usou duas facas, com tamanhos que variam entre 20 cm e 25 cm. "Não concluímos ainda o motivo (do crime). As investigações devem continuar pelos próximos dias", disse em coletiva de imprensa. A polícia investiga um "telefonema ameaçador" da noite anterior entre o suspeito e outro estudante. Seefeld não disse se o suspeito fez ou recebeu a ligação.

O FBI também participa das investigações e foi à casa do menino, porque planejava confiscar seu computador, segundo autoridades.

De acordo com a polícia, o incidente foi muito rápido, durou cerca de 5 minutos. "Foi realmente rápido. Pareceu que ele me bateu com um pano molhado, porque eu senti o respingo de sangue no meu rosto. Estava saindo da minha testa", contou Nate Moore, de 15 anos, que disse que viu o suspeito esfaquear outro garoto e tentou impedi-lo quando levou uma facada no rosto.

Mia Meixner, outra aluna da escola que presenciou o crime, descreveu o momento à rede de TV norte-americana CNN: "Ele estava muito quieto. Ele apenas estava fazendo aquilo e tinha um olhar em seu rosto de como se estivesse louco. Ele estava correndo e esfaqueando quem estivesse na sua frente", contou.

Entre os estudantes feridos estão adolescentes com idades entre 14 a 17 anos.Quatro foram socorridos de helicóptero.

De acordo com a polícia, o suspeito foi controlado por um dos diretores da escola e por um integrante da equipe de segurança, que conseguiu algemá-lo. O rapaz – que sofreu ferimentos nas mãos e recebeu tratamento – foi encaminhado ao Departamento de Polícia de Murrysville após o incidente. Ainda não se sabe se as vítimas foram escolhidas pelo autor do crime ou atingidas a esmo. A polícia foi acionada às 7h13 locais (8h13 de Brasília), cerca de 15 minutos após as portas da escola terem sido abertas, segundo a emissora NBC.

O Hospital Forbes informou ter recebido oito vítimas com ferimentos graves – sete delas, adolescentes. Três pacientes foram encaminhados para cirurgia e os outros cinco passaram por avaliação. Segundo a emissora WPXI, as vítimas sofreram cortes no tronco (principalmente no peito e abdômen), mãos e braços.

O porta-voz do serviço de emergência do condado de Westmoreland, Dan Stevens, informou que nem todos os feridos foram esfaqueados – alguns sofreram arranhões e cortes ao tentar fugir.

Ainda de acordo com ele, um dos estudantes foi responsável por acionar o alarme de incêndio da escola, o que alertou todos e fez com que muitos deixassem o prédio em meio ao ocorrido.

"O acionamento do alarme provavelmente auxiliou na retirada das pessoas da escola", disse o chefe da polícia local.

Estudantes disseram que o adolescente suspeito de ter cometido os ataques não era agressivo e não demonstrava ter nenhum problema. Eles também afirmaram que o jovem não era publicamente vítima de bullying.

De acordo com a emissora WTAE, um estudante relatou que uma pessoa entrou na escola com uma faca e começou a atingir as vítimas, incluindo seus amigos.

Segundo testemunhas, o ataque ocorreu na área onde são dadas as aulas de ciências, incluindo corredores e salas da escola.

"O alarme disparou, os estudantes começaram a correr, os guardas do lado de fora entraram rapidamente e encontraram um supervisor e um diretor-assistente já com o suspeito, que estava no chão. Eles tentavam controlá-lo e tirar as armas de perto dele", contou Jeff Dahlke, funcionário da empresa que faz a segurança do complexo escolar.

Quando o alarme tocou, muitos alunos pensaram que se tratava de um exercício de treinamento, e não uma situação real, disseram testemunhas.

Em comunicado publicado em seu site, a escola informou que houve "um incidente crítico".

"Todas as aulas do ensino fundamental foram canceladas, os demais estudantes estão seguros", diz o texto.

Segundo a imprensa local, os alunos mais novos foram liberados da escola, enquanto os mais velhos foram encaminhados para outro colégio da região, onde seus pais deveriam buscá-los.

Segundo as autoridades, os estudantes do Ensino Médio terão as aulas suspensas pelo resto da semana – o crime aconteceu no prédio onde as aulas destes anos eram realizadas. Os outros estudantes terão as aulas retomadas nesta quinta-feira (10).

O governador da Pensilvânia, Tom Corbett, afirmou em nota ter ficado chocado com o ocorrido. "Sou pai e avô, não consigo pensar em nada mais aflitivo que violência contra crianças. Meu coração e minhas orações estão com as vítimas e suas famílias", destacou.

O governador também informou ter determinado que a polícia estadual ajude nas investigações como for possível, e disse que outros recursos estaduais estarão disponíveis à comunidade se necessários.

Mais tarde, em coletiva de imprensa, disse que foi um dia muito difícil para a comunidade, o estado da Pensilvânia e todo o país. Também afirmou que uma série de herois agiram neste incidente. "Muitos deles são estudantes, que ficaram com seus amigos, funcionários da lanchonete, que ajudaram estudantes que estavam sangrando, professores que colocaram os estudantes para fora da sala, e obviamente os seguranças da escola".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir