Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-04-2014

Presos morreram queimados durante rebelião; familiares identificam corpos
Situação aconteceu no Conjunto Penal da cidade de Eunápolis, extremo sul. Presídio diz que vítimas foram enroladas em colchões por outros detentos.
Presos morreram queimados durante rebelião; familiares identificam corpos
Foto: g1.globo.com

Os corpos dos seis presos mortos durante a rebelião na ala provisória do Conjunto Penal do município de Eunápolis, no extremo sul, começam a ser reconhecidos por familiares. Até por volta das 11h, um tinha sido liberado do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade de Porto Seguro, para onde foram levados para a perícia. Segundo informações do presídio, um grupo de preso invadiu a cela dos presidiários, levaram eles para o pátio da unidade, quando os amarraram em colchões e atearam fogo.

O G1 tenta contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), mas ainda não
obteve sucesso.

As vítimas fatais foram identificadas pelo presídio, nos nomes de: Melk Silva Souza, Luzinei de Araújo dos Santos, Glimarin Soriano dos Santos, Geraldo Oliveira de Almeida, Sullivan Santos Marinho e Valdieiro Pereira Silva.

Outras sete pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o Hospital Regional da cidade. Quatro receberam alta médica e três ainda continuam internados na manhã desta terça.

A rebelião começou durante uma revista no presídio, procedimento considerado rotineiro. Os internos que estavam no pátio aguardando o fim da revista agrediram os agentes e policiais militares que davam apoio ao procedimento. Com isso, foi solicitado o reforço a Companhia Independente de Policiamento Especializado Mata Atlântica (Caema).

Durante a rebelião, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) também contou com o apoio do 8º Batalhão de Porto Seguro, da 7ª Companhia de Eunápolis, e do 13º Batalhão de Teixeira de Freitas."Cerca de 350 presos quebraram o pátio todo", disse o comandante Cléber Santos da Silva, major da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).

O subcomandante da 7ª CIPM, Tiago Cruz, disse que, durante a revista, um policial efetuou disparo na perna de um detento. "Para resguardar a integridade física de agentes que tentavam fazer uma revista, o policial efetuou um disparo na perna de um detento", afirmou. A Seap confirma a versão e diz que o tiro atingiu a perna do detento de raspão. O ferimento não foi grave, ele foi atendido e passa bem.

Cruz informa que, por volta das 17h30, a rebelião foi contida por cerca de 50 policiais. Ainda de acordo com o subcomandante, a ala onde ocorreu a rebelião foi totalmente destruída e queimada. Ele diz também que os seis presos mortos foram amarrados a colchões e queimados.

De acordo com a SEAP, por conta da total destruição das celas, alguns internos serão transferidos e outros remanejados até que seja feita a reforma da unidade. O Conjunto Penal de Eunápolis possui 587 presos e na ala onde ocorreu a rebelião havia 341 homens.

A SEAP também informa que já solicitou a realização da perícia por parte do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia local para que sejam apuradas as autorias dos homicídios e a tomada de providências legais através do respectivo inquérito policial.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir