Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-05-2014

Cessar-fogo de guerrilhas inflama campanha presidencial
O an�ncio de um cessar-fogo unilateral por parte das guerrilhas das Farc e do ELN agitou
Cessar-fogo de guerrilhas inflama campanha presidencial
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Bogot�, 16 mai (EFE).- O an�ncio de um cessar-fogo unilateral por parte das guerrilhas das Farc e do ELN agitou nesta sexta-feira a campanha eleitoral na Col�mbia e despertou as mais diversas rea��es dos candidatos � presid�ncia a nove dias das elei��es mais disputadas do pa�s.

O cessar-fogo ser� vigente entre 20 e 28 de maio para n�o interferir no primeiro turno das elei��es, uma situa��o que os colombianos n�o lembram ter vivido nas �ltimas d�cadas, nas quais os presidentes foram escolhidos em meio � viol�ncia do conflito armado.

O an�ncio das For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (Farc) e do Ex�rcito de Liberta��o Nacional (ELN), feito em Havana, sede das negocia��es de paz com o governo, dividiu os candidatos presidenciais entre os que o avaliaram positivamente e os que acham que se trata de uma manobra dos rebeldes.

O mais cr�tico foi �scar Iv�n Zuluaga, candidato do movimento uribista Centro Democr�tico, que assegurou em um debate com outros candidatos em Bogot� que "o que o pa�s precisa � de fatos reais para avan�ar em uma paz negociada, n�o algo por estrat�gia pol�tica".

Zuluaga, que est� tecnicamente empatado com o presidente e tamb�m candidato, Juan Manuel Santos, no primeiro lugar das pesquisas de inten��o de voto, afirmou que a seguran�a das elei��es n�o pode depender das Farc ou do ELN, mas sim das For�as Armadas, que "deram e dar�o todas as garantias para o processo eleitoral".

"Estou disposto a buscar a paz negociada, mas com o cessar de todas as a��es criminosas", afirmou Zuluaga sobre sua atua��o caso seja eleito presidente.

A candidata do Partido Conservador, Marta Luc�a Ram�rez, da mesma linha ideol�gica que Zuluaga, considerou que o an�ncio dos dois grupos guerrilheiros � "uma tr�gua absolutamente oportunista e politiqueira".

"Comemoraria esta iniciativa se fosse uma tr�gua definitiva e unilateral dois grupos e sobretudo, se houvesse o compromisso de n�o recrutarem crian�as", afirmou.

J� Enrique Pe�alosa, candidato da Alian�a Verde, qualificou o cessar-fogo como um "gesto positivo" e assegurou que as Farc e o ELN "demonstraram ter o m�nimo de interesse em buscar apoio na popula��o colombiana".

Segundo o comunicado lido em Havana pelo negociador das Farc "Pablo Catatumbo", conhecido como de Jorge Torres Victoria, ambas guerrilhas adotaram este cessar-fogo perante o "clamor nacional" dos colombianos para que o clima pol�tico eleitoral "se caracterize pela maior aus�ncia de perturba��o".

Os rebeldes lembraram ao governo colombiano "a necessidade de convir um cessar-fogo bilateral que fortale�a as conversas de paz rumo a uma efetiva e pronta reconcilia��o entre os colombianos".

Quanto a isso, Pe�alosa afirmou que as For�as Armadas e a pol�cia "devem combater as guerrilhas para derrot�-las militarmente, como se n�o existissem acordos em Havana".
Tanto Zuluaga como Pe�alosa lembraram que o an�ncio da tr�gua ocorre um dia a morte de dois menores de 12 e 13 anos em uma zona rural de Tumaco, uma cidade portu�ria sobre o Pac�fico, ao serem atingidos por um explosivo lan�ado contra umas instala��es da pol�cia.
O ataque, que segundo as autoridades foi ordenado pelas Farc, tamb�m deixou oito policiais feridos.

Com mais entusiasmo reagiu Clara L�pez, candidata da alian�a de esquerda formada pelo Polo Democr�tico Alternativo (PDA) e a Uni�o Patri�tica (UP), que inclusive pediu � pol�cia que tamb�m declare um cessar-fogo.

"Este cessar-fogo unilateral, pelo menos por oito dias, permite alguma tranquilidade no processo de elei��es e esperamos que haja reciprocidade por parte da pol�cia", ressaltou Clara.

O presidente Juan Manuel Santos n�o se manifestou sobre o assunto, mas o novo chefe da campanha governista, o ex-presidente C�sar Gaviria, destacou que a paz � simplesmente "um direito dos colombianos".

"N�o acho que seja uma concess�o dos senhores das Farc, os colombianos t�m direito de votar serenamente e n�o no meio das balas", disse Gaviria � r�dio "RCN".
Resta saber qual ser� o impacto que o cessar-fogo dos guerrilheiros ter� no comportamento do eleitorado colombiano no dia 25 de maio. EFE

Cessar-fogo de guerrilhas inflama campanha presidencial na Col�mbia


Fonte: https://br.noticias.yahoo.com
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir