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O protesto de Sandra
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�Os ju�zes n�o pensam que isto pode acontecer com eles. Gostaria de saber onde est�o os filhos dos ju�zes, porque a minha est� morta. Seguramente eles t�m responsabilidade�. Foto: www.maratimba.com Estas palavras foram proferidas por Sandra, m�e de Nayla Policicchio, assassinada em Buenos Aires quando contava apenas 19 anos de idade, durante um assalto. Segundo divulgado, a Pol�cia teria recebido uma den�ncia de que o autor do crime era um elemento condenado a 7 anos de pris�o, mas que estava pelas ruas h� 2 meses. Pediu-se a pris�o deste suspeito. O pedido foi negado, sob o argumento de tratar-se de informa��o fornecida por um mero informante. A autoridade policial, ent�o, pediu uma busca e apreens�o na casa do suspeito, a fim de tentar apreender a arma do crime, mas at� mesmo esta provid�ncia foi negada, sob o mesmo argumento. O lamento de Sandra soa forte na not�cia. Indaga ela o motivo de porque aqueles que cometem crimes contra famosos sofrerem a a��o en�rgica do Estado, enquanto que o caso de sua filha segue r�pido para o esquecimento. Indaga ela: "minha filha � menos que algu�m famoso?" Esta not�cia me levou � mem�ria uma outra, dando conta de que o sistema legal argentino apenas consegue punir 0,7% dos crimes cometidos naquele pa�s. Na mesma not�cia li que "para investigar mais de 300 mil delitos por ano, os �rg�os de apura��o t�m 2.722 empregados, incluindo os investigadores, o pessoal administrativo e o de limpeza. Se todos fossem investigadores, ter�amos uma pessoa para apurar 110 crimes. Mas n�o o s�o". Seria este um problema t�pico da pobre Am�rica Latina? N�o. Austr�lia, um passo � frente: "As condena��es est�o abaixo de 1% de todos os crimes de estupro cometidos, conforme dados extra�dos de fichas policiais e dados judiciais" (jornal The Age). Apurou-se, inclusive, que 46% das queixas de estupro n�o haviam sido objeto de provid�ncia alguma pelo Estado incr�veis 3 anos depois de feitas. Na Espanha, apenas 0,1% dos incendi�rios � levado a julgamento � sim, meramente levados a julgamento. Na Inglaterra, 97% das v�timas n�o chegam sequer a ter registrados seus casos, 41% das multas jamais s�o pagas e, de forma chocante, 1% da popula��o sofre com 59% de todos os crimes violentos. Este quadro, realmente mundial, levou a uma do�da acusa��o do respeitado jornal Washington Post, dos Estados Unidos: "nos Tribunais, os vulner�veis acabam virando v�timas". Este jornal se referia aos milhares de casos de idosos que tiveram suas economias surrupiadas por advogados e ju�zes norte-americanos que simplesmente "deram em nada". Enquanto isso, na �ustria, um ladr�o apenas foi preso ap�s roubar inacredit�veis 40 vezes a mesma casa. Na �ndia, Suresh Vanse foi considerado culpado pelo estupro de uma menina de 14 anos, e condenado a um dia de pris�o. � isso mesmo: um dia! Esta pena foi justificada com base em que o criminoso era um trabalhador que sustentava sua fam�lia. Na mesma semana, um outro estuprador confesso foi colocado de volta �s ruas ap�s m�nimos 45 dias preso. E, na Ar�bia saudita, uma mulher foi estuprada por uma gangue e condenada a 200 chibatadas e 6 meses de cadeia � isto porque, no momento do estupro, ela estava de carona em um ve�culo que n�o era o de seu marido. Diante desta realidade que infelicita e macula a ra�a humana, nunca t�o apropriadas as palavras de George Bernard Shaw: "o maior dos males e o pior dos crimes � a pobreza". Fonte: Reda��o Maratimba.com
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| Por: Pedro Valls Feu Rosa | Imprimir |
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