Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-05-2014

Após fechar Marginal Pinheiros, sem-teto ocupam sede de construtora
Integrantes do MTST caminharam até prédio da Viver Empreendimentos. Empresa é dona de terreno da ocupação "Copa do Povo", na Zona Leste.
Após fechar Marginal Pinheiros, sem-teto ocupam sede de construtora
Foto: g1.globo.com

Integrantes do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam o hall de entrada do prédio onde fica a sede da construtora e incorporadora Viver, na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo. O ato ocorreu por volta das 13h, após o grupo fechar a pista local da Marginal Pinheiros durante a caminhada desde a Estação Vila Olímpia da CPTM. Às 14h15, o saguão foi desocupado após uma comissão, composta por seis integrantes, ser recebida.

O grupo pede que a administração municipal e federal tomem medidas para regularizar a posse de terrenos na ocupação Copa do Povo, em Itaquera, na Zona Leste. O terreno é ocupado desde 3 de maio por mais de 2,5 mil famílias, segundo o movimento.

"Eles entraram com o pedido de reintegração de posse. A área tem um monte de problema, um monte de enrosco. Nossa perspectiva é buscar uma negociação", afirma Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST.

Pedido de negociação

Parados no saguão do prédio no começo da tarde, o grupo pedia para negociar com os proprietários do imóvel. Os próprios sem-teto faziam um cordão de isolamento diante das catracas. "Nós viemos aqui hoje não para quebrar, não para depredar, mas dizer para a construtora Viver que, se ela não negociar com o movimento, a gente larga tudo lá e vem aqui. Nós viemos hoje aqui com o objetivo de negociar", disse Boulos. O hall foi liberado às 14h15. No horário, havia cerca de 200 pessoas em frente ao edifício.

O MTST também divulgou nota para reforçar que pretende seguir resistindo ao processo de reintegração. "O objetivo desta ação é pressionar a empresa para que retire o processo de reintegração de posse do terreno da Ocupação Copa do Povo", informou o movimento.

"Os moradores não estão dispostos a sair do terreno sem garantias claras da conquista da moradia e estão disposto a resistir caso a decisão de reintegração venha a ocorrer. A construtora Impar é dona de 3,9 bilhões de reais em terras e paga R$ 57 de imposto pelo terreno de 1,5 milhão de metros quadrados. Isso explica como o mercado imobiliário age e lucra nas grandes metrópoles em detrimento da construção de moradias populares", relata o movimento.

De acordo com o MTST, participaram do ato cerca de 2 mil pessoas. A PM, porém, afirma que o protesto contou com mil manifestantes.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir