Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-06-2014

Polícia recolhe objetos em imóveis de suspeito de matar zelador
Perícia foi até apartamento e casa de praia de publicitário. Fotos obtidas pela TV Globo mostram pistola, silenciador e serrote.
Polícia recolhe objetos em imóveis  de suspeito de matar zelador
Foto: g1.globo.com


A Polícia recolheu objetos no apartamento e na casa de praia do publicitário Eduardo Martins, de 47 anos, suspeito de matar e esquartejar o zelador Jezi Souza, 63, em São Paulo.

As fotos da cena do crime, obtidas pela TV Globo, mostram que os peritos encontraram o apartamento desorganizado, com roupas no chão e sapatos nos armários da cozinha.

Segundo a polícia, no quarto onde o publicitário disse ter escondido o corpo na mala também foi encontrada uma caixa de luvas cirúrgicas.

Os peritos ainda apreenderam uma bota que, de acordo com a investigação, foi usada pela esposa do publicitário, a advogada Ieda Cristina Martins, quando saiu do elevador com o filho, antes do corpo do zelador ser colocado no carro e levado para Praia Grande, no litoral sul de São Paulo.

A polícia mostrou ainda o cano de uma pistola, um silenciador e munição que estavam em um armário do apartamento.

Já na casa de praia, as fotos revelam que Martins estava queimando partes do corpo do zelador quando a polícia chegou ao local. Ele teria afirmado que esquartejou o corpo no banheiro da casa. Em Praia Grande, a perícia apreendeu três serrotes.

Depoimento
Em seu depoimento à Polícia Civil de São Paulo, Ieda, de 42 anos, declarou que o marido também tinha problemas com o síndico do prédio onde o casal morava com o filho, na Zona Norte da capital.

"O síndico do prédio, (...), também tinha certa inimizade com Eduardo", afirmou Ieda em depoimento na segunda-feira (2), quando foi presa temporariamente no 13º Distrito Policial, Casa Verde, por suspeita de ajudar o marido a ocultar o corpo de Jezi.
Na noite de terça-feira (3), a advogada foi solta após a Justiça aceitar o pedido da sua defesa para que ela respondesse em liberdade. Ela nega qualquer participação no crime. Ao deixar o 89º DP, Portal do Morumbi, na Zona Sul, ela se defendeu: "Eu sou inocente, eu sou inocente". Essa versão também é sustentada pelo publicitário, que disse, em vídeo, ter feito tudo sozinho sem que a mulher soubesse.

O G1 teve acesso às cinco páginas das suas declarações. A equipe de reportagem, no entanto, não conseguiu localizar o síndico para comentar a declaração de Ieda. Ela ainda relatou não ter inimizade ou problemas com o síndico nem com o zelador.
A polícia acredita que Jezi Souza morreu na sexta-feira (30), no condomínio da Rua Zanzibar, na Casa Verde. Após a família do zelador dar queixa do seu desaparecimento, policiais foram na segunda-feira (2) a uma casa em Praia Grande, no litoral paulista, onde encontrou o publicitário queimando o cadáver esquartejado.
O publicitário admite ter desmembrado o corpo, mas alega que a morte foi acidental. Segundo sua defesa, ele disse que ouviu o zelador ameaçar matar o filho do casal e que, por isso, foi para cima da vítima. Nessa confusão, Souza teria caído, batido a cabeça e morrido.


Fonte: Redação Maratimba.com
 
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