Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-06-2014

Carioca faz 69 cirurgias e gasta quase R$ 100 mil após pôr acrílico no glúteo
Rejeição do metacril causou inflamação; advogada ficou 6 meses internada. Médicos advertem para a aplicação da substância com finalidade estética.
Carioca faz 69 cirurgias e gasta quase R$ 100 mil após pôr acrílico no glúteo
Foto: g1.globo.com


No país dos pequenos biquínis e do bumbum como uma das paixões nacionais, a ânsia pela perfeição tem levado cada vez mais mulheres às salas de operação. Além da prótese de silicone, outro produto tem se disseminado entre as mulheres, o metacril. A aplicação estética da substância, no entanto, é criticada por médicos devido à chance de rejeição. A advogada Vânia Prisco, de 30 anos, descobriu da pior forma este risco após fazer a cirurgia em 2013.

Semanas depois, uma inflamação a levou de volta ao hospital, onde ficou seis meses internada, fez 69 operações e gastou cerca de R$ 100 mil só em anestesias – o plano cobriu o resto.

O metacril – ou polimetilmetacrilato – é uma substância acrílica usada por cirurgiões plásticos para dar mais firmeza ao bumbum e deixar a aparência uniforme. Moradora de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Vânia diz que uma amiga que já havia feito o procedimento indicou uma médica. A cirurgia custou R$ 7,2 mil.
"Quinze dias depois começou a inflamar.

Meu organismo rejeitou o produto, comecei a ficar com furúnculos no bumbum e eles estouravam. Eu não pesquisei nada sobre a médica. Confiei e fiz. Voltei na clínica, ela fazia curativos e me aterrorizava, dizia que se eu fosse ao hospital iam arrancar a minha bunda.

Com o tempo ela começou a sumir e eu fui ao Quinta D’Or [hospital particular na Zona Norte do Rio]. Chegando lá, me internaram direto e o médico disse que eu estava com infecção generalizada, que o produto estava necrosando."
Vânia fez um registro na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e descobriu que outras mulheres já haviam prestado queixa contra a mesma médica.

O caso foi encaminhado à Justiça. O G1 tentou entrar em contato com a médica, mas até a última atualização desta reportagem ela não foi encontrada.
"Ela mentiu pra mim, dizia que era médica e não era.

Eu não pesquisei nada sobre ela, devia ter pedido o CRM, pesquisado e não fiz isso. Sempre gostei de cuidar do corpo, ir à academia, mas agora vejo que corpo não é tudo.

Eu fiquei internada muito tempo, corri risco de morrer. As pessoas achavam que eu ia morrer", lamenta.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
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