Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-06-2014

Metrô vai funcionar no dia da abertura da Copa, afirma Geraldo Alckmin
Paralisação seria "um enorme de um oportunismo", disse o governador. Greve foi suspensa na segunda (9); haverá nova assembleia na quarta (11).
Metrô vai funcionar no dia da abertura da Copa, afirma Geraldo Alckmin
Foto: g1.globo.com

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã desta terça-feira (10) que o Metrô irá funcionar na próxima quinta-feira (12), dia do jogo de abertura da Copa do Mundo no Brasil. Segundo Alckmin, uma nova manifestação seria "oportunismo" dos metroviários.

"Nós teremos, tanto o Metrô, quanto a CPTM. É difícil você ter no mundo um estádio que tenha na porta uma linha do Metrô, que é a Linha 3, e uma Linha de trem, que é a Linha 11 da CPTM. E, entregamos todas as obras antes da abertura.", disse o governador ao ser questionado se haveria um plano B caso ocorra uma nova paralisação.
O estádio do Corinthians fica ao lado das estações Arthur Alvim e Corinthians-Itaquera do Metrô e da CPTM.

De acordo com o governador, não existe mais nenhuma discussão com a categoria dos metroviários, já que o dissídio dos profissionais foi definido em decisão judicial. "Eu espero que não pare [o Metrô]. Não tem nenhum sentido. Seria um enorme de um oportunismo exatamente no dia de abertura da Copa fazer greve. Aliás, temos duas decisões judiciais falando da abusividade da greve. Já teve o dissídio e o índice já está definido, muito superior à inflação, com ganhos reais", disse o governador.

Funcionamento

Após cinco dias de sufoco com a paralisação da greve dos metroviários de São Paulo, o paulistano voltou a respirar aliviado na manhã desta terça depois da suspensão da greve. As 65 estações das 5 linhas da capital funcionavam normalmente. O governo do estado demitiu 42 funcionários por justa causa. O sindicato da categoria quer a readmissão dos profissionais e ameaça parar novamente na quinta, data da abertura da Copa do Mundo.

A estudante de odontologia Vanessa, que faltava nas aulas da faculdade desde quinta-feira (5), dia do início da greve, conta que perdeu duas provas por não ter como se locomover até a Praça da Árvore, na Zona Sul. Nesta manhã de segunda, ela conseguia tomar seu café tranquilamente na porta da estação Tucuruvi, da Linha 1-Azul, na Zona Norte. "São Paulo é uma cidade muito grande, então depende do Metrô. Sem Metrô, os ônibus ficam lotados e cidade com muito trânsito". Filha de metroviário, ela também foi prejudicada com a paralisação e disse que o funcionamento do meio de transporte é fundamental.
Morador de Francisco Morato, na Grande São Paulo, o segurança Janiel Peixoto, de 23 anos, sai de casa todos os dias às 4h e leva cerca de 2 horas e 30 minutos durante o trajeto para ir até o serviço no Bosque Maia, bairro de Guarulhos, outro município da região metropolitana.

"Eu vinha até a Estação da Luz, mas não conseguia prosseguir. Gastei dinheiro e paciência. Acordar cedo e depois voltar para casa, preferia ter ido trabalhar. É um alívio ter como chegar aos serviço", reclama o usuário do Metrô.
Diferentemente do discurso do Sindicato dos Metroviários, que afirmou ter apoio da população no movimento por reajuste salarial, os passageiros não demonstraram tanta compreensão com a greve.

O deficiente físico Rubens Ferreira, de 53 anos, levou mais que o dobro do tempo para fazer o mesmo trajeto do Jabaquara à Santana, que costuma fazer em 45 minutos nos dias de greve. Ele só conseguiu ir trabalhar, pois pegava o ônibus no ponto final e conseguia sentar. "Eu não posso ficar muito sentado que é ruim", disse ele, que considera a greve injusta "Eles não ganham mal, isso só prejudica a população."

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir