Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-06-2014

Boko Haram rapta mais 30 mulheres na Nigéria
Ataque ocorreu em Chibok, onde em Abril os islamistas raptaram 200 raparigas cujo paradeiro permanece desconhecido.
Boko Haram rapta mais 30 mulheres na Nigéria
Foto: publico.pt

O grupo islamista Boko Haram raptou mais 30 mulheres que estavam em acampamentos nómadas no Nordeste da Nigéria e pediu cabeças de gado em troca delas, contaram habitantes de Chibok aos jornalistas da Reuters. Foi em Chibok que, em Abril, os islamistas raptaram 200 raparigas cujo paradeiro permanece desconhecido.

Os habitantes que falaram à Reuters disseram que um homem, chamado Mohammed, lhes contou que militantes do Boko Haram apontaram armas às cabeças dos homens e andaram de tenda em tenda a recolher as mulheres. "Os raptores disseram-lhes para irem buscar as vacas", disse um agricultor de Chibok que se cruzou com os nómadas em fuga.

O rapto terá acontecido na quinta-feira da semana passada, mas a polícia e o exército não puderam confirmar esta notícia. O jornal The Daily Trust, citando altos funcionários cujos nomes não eram revelados, confirmou contudo que os acampamentos nómadas atacados são os de Bakin Kogi, Garkin Fulani e Rigar Hardo. E avança que os raptos continuaram perante a inércia das autoridades e uma anunciada grande ofensiva na região contra os islamistas e de procura das 200 raparigas desaparecidas.

O Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, pediu ajuda internacional para resgatar as raparigas, mas os islamistas prosseguiram com os ataques — a rebelião começou em 2009 e o grupo, cuja tradução do nome quer dizer "a educação ocidental é proibida", pretende criar um estado islâmico no nordeste da Nigéria (onde foi decretado o estado de emergência). Especialistas franceses e americanos estão no terreno — em Maio, Jonathan esteve em Paris para discutir com o Presidente francês, François Hollande, o problema Boko Haram.

O Governo nigeriano diz que já tem uma ideia do paradeiro das raparigas, mas que qualquer tentativa para ir buscá-las poderá gerar um banho de sangue.

Fragilizado por esta violência — e pelas críticas à sua inacção —, Goodluck Jonathan vê tornar-se cada vez mais difícil a sua reeleição nas presidenciais de 2015. Um seu adversário político foi eleito emir de Kano (Norte). Trata-se de Sanusi Lamido Sanusi, um dos dignitários muçulmanos mais influentes do país.

Sanusi, antigo governador do Banco Central nigeriano afastado pelo Presidente, poderá tornar-se no principal adversário de Jonathan nas presidenciais.

Fonte: publico.pt
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir