De acordo com a companhia, no entanto, na composi��o deste �ndice apenas 1,5% est� relacionado a custos operacionais da empresa
Porto Alegre - A Copel Distribuidora confirmou nesta ter�a-feira, 10, que solicitou � Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) um reajuste m�dio de 32,4% na tarifa de energia, a ser aplicado aos consumidores a partir do pr�ximo dia 24.
De acordo com a companhia, no entanto, na composi��o deste �ndice apenas 1,5% est� relacionado a custos operacionais da empresa - o restante se refere a despesas financeiras e com a compra de energia em meio � crise que envolve o setor.
"N�o lucramos nada com este aumento de 32,4%, a consequ�ncia para o balan�o ser� inexpressiva. O que haveria � preju�zo se n�o repass�ssemos isso agora", disse o diretor-presidente da Copel Distribui��o, Vlademir Santo Daleffe. "Adoraria que o aumento fosse apenas de 2%."
Daleffe explica que o �ndice de reajuste de 32,4% � formado por tr�s vari�veis. A maior delas e mais impactante, de 19,1%, diz respeito � compra de energia para distribui��o em sua �rea de concess�o.
"S� para se ter uma ideia, dos dois �ltimos contratos firmados em leil�o com o governo federal, a energia contatada no primeiro foi 36% mais cara do aquela que ela substitu�a, e no segundo o valor pago foi exatamente o dobro", disse.
As despesas da chamada "parcela A", segundo ele, foram fortemente pressionadas pela queda no n�vel dos reservat�rios de hidrel�tricas e pelo acionamento constante das usinas t�rmicas.
Outros 11,8% v�m dos componentes financeiros, relativos � diferen�a entre as despesas que a empresa teve com a aquisi��o de energia e o que ela recebe hoje por meio das tarifas, e que tem que ser compensado ao longo dos pr�ximos 12 meses.
Inclui tamb�m parte do reajuste tarif�rio de 2013 autorizado pela Aneel, que na �poca, a pedido do governo do Estado, a Copel decidiu n�o repassar totalmente ao consumidor.
Por �ltimo, resta o 1,5% da "parcela B", que representa os pelos custos operacionais da companhia.
"� a �nica parcela que � de nossa responsabilidade. Engloba opera��o do sistema, manuten��o, gastos com pessoal, transporte, aluguel", descreveu.
"Numa condi��o normal, se n�o houvesse aumento do custo da energia nem nada mais para compensar de perdas passadas, o aumento no Paran� seria de 1,5%."
Conta da Aneel
Segundo Daleffe, o assunto est� pr�-agendado para ser discutido pela diretoria da Aneel no dia 17. O parecer final do �rg�o regulador tem que sair antes do dia 24, quando o reajuste entra em vigor.
Ele acredita que o �ndice s� ser� diferente do sugerido pela Copel se a Aneel tiver uma estimativa diferente da feita pela companhia sobre a necessidade de uso das t�rmicas nos pr�ximos meses para entregar a energia contratada, o que incide sobre o valor pago pela distribuidora.
"Essa � a �nica vari�vel que pode mudar esse indicador", afirmou.
"Choveu muito nos �ltimos dias e eu n�o sabia disso quando fiz o meu c�lculo, h� duas semanas. Os n�meros da Aneel s�o mais precisos porque s�o feitos depois."
Se o reajuste de 32,4% for confirmado integralmente pela Aneel, a tarifa residencial cobrada pela Copel ser� a maior j� cobrada pela empresa.
"A de outros estados s�o historicamente maiores do que a nossa e, mesmo com reajustes menores, continuar�o superiores."
Fonte: exame.abril.com.br
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