Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-06-2014

Outro irmão do caseiro do coronel Malhães é preso na Baixada, RJ
Ele é suspeito de participar de assalto à casa do militar em Nova Iguaçu. Rodrigo Pires é irmão de Rogério Pires, que já estava preso.
Outro irmão do caseiro do coronel Malhães é preso na Baixada, RJ
Foto: g1.globo.com

Policiais da Divisão de Homicídios (DH) da Baixada Fluminense prenderam, na manhã desta quarta-feira (11), o irmão de Rogério Pires, caseiro do coronel reformado do Exército Paulo Malhães. Como mostrou o Bom Dia Rio, Rodrigo Pires também é suspeito de participar do assalto ao sítio do militar, em Nova Iguaçu, em abril deste ano. Além do caseiro, outro imrão dele também já estava preso por suspeita de envolvimento no crime. Anderson Pires foi detido no final de maio.
Após a invasão ao sítio, o coronel Paulo Malhães foi encontrado morto no local. O crime aconteceu um mês depois de o militar ter confessado à Comissão da Verdade participação em sessões de tortura durante a ditadura. O laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) aponta que ele morreu de infarto. De acordo com a Polícia Civil, os três vão responder latrocínio — roubo seguido de morte. Um quarto suspeito de participar da invasão ao sítio ainda é procurado.

Roubo
De acordo com depoimento prestado pela viúva do coronel, Cristina Batista Malhães, pelo menos três homens – um deles com o rosto coberto – invadiram o sítio do militar no bairro Ipiranga, na área rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A mulher disse que ela e o caseiro foram mantidos reféns em cômodos separados por cerca de nove horas. Os criminosos fugiram levando as armas que o oficial colecionava e dois computadores. O coronel foi encontrado morto depois que os invasores deixaram a propriedade.
Torturas durante a ditadura
Em março, Malhães admitiu à Comissão Nacional da Verdade, em Brasília, ter participado de torturas e desaparecimentos de presos políticos durante a ditadura militar, entre eles, o ex-deputado Rubens Paiva.

Paiva é um dos 183 desaparecidos políticos com o paradeiro a ser investigado pela Comissão Nacional da Verdade — criada pelo governo federal para examinar e esclarecer violações de direitos humanos praticadas durante o regime que vigorou entre 1964 e 1985. Rubens Paiva foi preso em 20 de janeiro de 1971.
Em depoimento à Comissão da Verdade, Malhães disse que o corpo do ex-deputado Rubens Paiva foi jogado em um rio de Itaipava, na Região Serrana do Rio, por agentes da ditadura. Cerca de uma semana depois, em outro depoimento, ele voltou atrás e negou o fato.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir